É o que dizem que pesavam os parachoques dianteiros dos primeiros Porsche 911 apresentados à imprensa automotiva em 1964. A bizarrice era uma tentativa de última hora de disfarçar o peso excessivo da traseira, que vinha com o boxer de 6 cilindros pendurado atrás do eixo posterior e tinha comportamento em curvas semelhante ao de um barbante puxado por uma ponta com uma pedra amarrada na outra. Verdade ou não, o fato é que a tarefa de compensar o desequilíbrio causado pela posição do motor - muito incomum para um cupê esportivo - transformou a Porsche em uma especialista em suspensões e freios, tanto que os carros da segunda série da primeira geração, como o modelo da foto, já não precisavam do tal parachoque para disfarçar o desequilíbrio; a evolução foi contínua até a terceira geração, cujo comportamento dinâmico foi considerado, por um jornalista italiano, "(...) tão neutro que parece que o carro anda sobre trilhos (...)". Isso é engenharia em seu estado de arte, muito anterior aos auxílios da parafernalha eletrônica dos últimos anos!
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
14 comentários:
Em 1968 aumentaram o entre-eixos em uma polegada mais ou menos. Deu uma melhorada, mas até a última geração os 911 "passarinham", normal, o motorista acaba se acostumando.
Todo fusca tem o mesmo problema....
Não sabia dessa solução...
podiam ter colocado uns sacos de areia no porta-malas...que nem fazem com alguns opalas...hehehehe
Dizem e é verdade !
Na verdade, o parachoque é normal, mas tem um "tijolo" de ferro soldado por dentro. Tirei o do meu.
Nos primórdios do 911, a Porsche não media esforços para deslocar o peso do carro para a dianteira. Alguns dos primeiros 911, por exemplo, tinham a bateria dividida em duas unidades, que eram ligadas em paralelo e simetricamente colocadas na extremidade dianteira do carro, cumprindo função de lastro. Além disso, em algumas versões mais bravas, o capô traseiro era de alumínio (para reduzir o peso total do carro), mas o dianteiro continuava feito em aço, para que o peso remanescente fosse concentrado na frente.
(Erroneamente publicado como "anônimo", por falha de digitação.)
Nos primórdios do 911, a Porsche não media esforços para deslocar o peso do carro para a dianteira. Alguns dos primeiros 911, por exemplo, tinham a bateria dividida em duas unidades, que eram ligadas em paralelo e simetricamente colocadas na extremidade dianteira do carro, cumprindo função de lastro. Além disso, em algumas versões mais bravas, o capô traseiro era de alumínio (para reduzir o peso total do carro), mas o dianteiro continuava feito em aço, para que o peso remanescente fosse concentrado na frente.
Não procede.
Nenhum 911 "curto" (1967) tinha 2 baterias.
Apenas alguns carros 1971 e 1972 equipados com ar condicionado usaram deste artifício.
E nenhum 911 recebeu capô de alumínio.
Seria um desperdício, já que o original de chapa pesa menos de 5 kg.
Sobre os 911 com capô traseiro (tampa do motor) em alumínio, vide matéria do Best Cars, seção "Carros do passado", no endereço:
www2.uol.com.br/bestcars/cpassado3/porsche-911-4.htm .
A informação sobre o lastro no para-choque dianteiro (embora não especificamente por meio das duas baterias) foi veiculada na "Car and Driver" brasileira (edição nº 6, pág. 135), em matéria de Arnaldo Keller sobre o 911S de 1971.
Sobre os 911 com capô traseiro (tampa do motor) em alumínio, vide matéria do Best Cars, seção "Carros do passado", no endereço:
www2.uol.com.br/bestcars/cpassado3/porsche-911-4.htm .
A informação sobre o lastro no para-choque dianteiro (embora não especificamente por meio das duas baterias) foi veiculada na "Car and Driver" brasileira (edição nº 6, pág. 135), em matéria de Arnaldo Keller sobre o 911S de 1971.
Estão erradas !
Não acredite em besteiras que qualquer um escreve.
Procure informar-se corretamente.
Alexandre, a informação sobre o lastro no parachoque é bem conhecida e faz parte do folclore da Porsche; trata-se, inclusive, do título do post. Confesso que não sabia da história das duas baterias. Quanto ao Best Cars, tenho que dar razão ao M: a quantidade de informações erradas na seção Carros do Passado é de impressionar!
Andei relendo minhas revistas e, na mesma matéria assinada pelo Arnaldo Keller (nº 6), existe menção ao fato de que o carro testado - um 911S ano 72 com especificação de "rallye" - tinha o capô traseiro em alumínio.
O autor afirma, textualmente, que "A tampa do motor é de alumínio, bem fino, justamente para reduzir o peso na traseira. No capô dianteiro, que não é de alumínio (olha aí o jogo da distribuição de peso) ainda se nota o local dos antigos furos onde se fixavam os potentes faróis de milha" (Car and Driver Brasil, nº 6, página 136).
Considerando que o autor do texto viu o carro, andou com ele e, seguramente, entende muito mais de automóvel antigo do que eu - como bem demonstram as várias matérias assinadas por ele na imprensa especializada -, a informação pareceu-me plenamente crível.
Enfim, o material usado na tampa do motor em nada desmerece o fantástico projeto que é o Porsche 911, que, há mais de quarenta anos, vem fazendo a alegria e alimentando os sonhos de todos os entusiastas do automóvel, como eu e, certamente, todos os leitores deste "blog".
Alexandre,
Muito boa a sua colaboração; é bastante provável que a Porsche tenha colocado à disposição configurações especiais (veja bem, o Keller especifica a versão rallye) com o capô traseiro de alumínio. Devo admitir que não conhecia a existência de tal configuração.
Nada como um post polêmico para aprendermos um pouco, não?
Postar um comentário