Apesar de ter provado que sua excelência tecnológica ia muito além dos carros comuns de passeio desde os anos 60, com o
Toyota 2000 GT e o
Isuzu Bellet 1600 GTR, a indústria japonesa só atingiu a maioridade no mundo dos supercarros ao lançar o fantástico Honda NSX, o primeiro esportivo nipônico realmente capaz de se igualar - ou mesmo superar em alguns aspectos - aos melhores puro-sangues europeus. Tendo sido o primeiro carro de produção em série do mundo a usar chassi, motor e braços de suspensão inteiramente em alumínio, ele ganhava em leveza e qualidade de construção, enquanto o excelente V6 VTEC 3.0 de 270 cv líquidos, montado em posição central, garantia o 0-100 km/h em pouco mais de 5 segundos; o acerto final do projeto teve até a participação de Ayrton Senna, que se valia dos motores da marca na F-1 desde o seu último ano na Lotus. Lançado em 1990, o NSX sofreu poucas modificações até sua retirada de linha em 2005, provando a perfeição do conceito, e ganhou diversos prêmios da imprensa especializada no decorrer de sua carreira, mas suas vendas nunca atenderam às expectativas da Honda, a quem faltava a aura de exclusividade necessária para ingressar em um mercado tão restrito como o de superesportivos - nem as vendas sob a marca Acura, no mercado americano, foram capazes de dar ao NSX números comerciais mais expressivos. Há notícias de apenas duas unidades desse samurai no Brasil, sendo uma delas o Acura NSX 1992 da foto, flagrado ontem almoçando no Alphaville na companhia de outros clássicos.