quinta-feira, 21 de junho de 2012

QUATRO TEMPOS E RODA LIVRE


Em meados dos anos 60, o mundo do automóvel assistiu ao fim da era do motor dois-tempos, que atingiu em cheio a DKW e a Saab, obrigando-as a se reinventar para enfrentar os novos tempos. Donas de projetos avançados de carroceria, tanto os alemães quanto os suecos apenas substituíram o conjunto mecânico dos DKW F102 e Saab 96 por unidades de quatro tempos e lhes deram pequenos retoques estilísticos, tendo sido o primeiro renomeado Audi 72 e o segundo mantido a nomenclatura, eventualmente acrescida de um V4 para indicar a configuração do novo motor. Mas, o que chamou mesmo a atenção no idiossincrático sueco foi a manutenção da roda-livre, recurso típico dos veículos com motor dois-tempos que evitava situações perigosas em caso de engripamento de pistão, fenômeno relativamente comum naquele motor. Como essa situação praticamente não ocorre nos quatro-tempos, ninguém, exceto o pessoal da Saab, nunca pensou em usar a roda-livre nos carros com esse tipo de mecânica, até porque perde-se o benefício do freio-motor, muito útil em descidas prolongadas para poupar os freios. Isso até os dias atuais, quando a histeria coletiva das emissões por km está fazendo com que muitas fábricas estejam passando a adotá-la, como comentou o Bob Sharp aqui.

4 comentários:

regi nat rock disse...

parece com um ...sei lá, entende... rsrs. lembra skoda, um indiano que esqueci o nome, portanto com cara de algum veículo que tira o pó das lembranças visuais. Eu gosto e a cor é agradavel.

M disse...

Vale lembrar que o "novo" motor do Saab era o velho V4 da Ford.
E esses faróis retangulares estragaram a frente do bicho...

Anônimo disse...

Em 1976 meu carro de uso
diario era um Rover 75 1952
6 cilindros,4 tempos e tracao
traseira.
O detalhe e que tinha roda livre.
Era divertido usar aquele carro.

Ricardo Ventura.

Luís Augusto disse...

Oi Ricardo, não sabia desse Rover com roda livre, obrigado pela informação.