Que me desculpem os amantes dos sedãs alemães de altíssimo desempenho das divisões especiais de marcas de luxo, mas, mais uma vez, é da Itália que vem o mais charmoso representante de uma nobre casta automotiva. Talvez por ter sido marcada pelo aparente contra-senso de preparar carros minúsculos e de desempenho modesto para competir - e vencer - nos anos de ouro do automobilismo europeu, a empresa fundada pelo austríaco Karl Abarth em 1949 sempre teve a simpatia do público, que se divertia em ver pequenos Fiats envenenados batendo adversários renomados, como Porsche e Ferrari, na categoria entre 850 e 2000 cc. Enquanto foi independente, a preparadora também esteve intimamente ligada à Simca que, antes de ser absorvida pela Ford, produzia basicamente veículos Fiat sob licença na França. Adquirida pelo gigante piemontês em 1971, a Abarth se tornou a divisão esportiva do grupo e teve uma carreira meio errática nos anos 80 e 90, tendo seu belo logo sido estampado em veículos de sangue não tão azul, como o Stilo com motor de Marea que chegou a ser produzido no Brasil. Entretanto, o surgimento dos Punto e 500 com roupa de guerra e sofisticação mecânica à altura das tradições da marca deram mostras de que o escorpião italiano está longe de morrer.
Dodge Dart 1970 ...
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