Não é preciso ser muito observador para notar que a linha VW nacional destinada a ocupar a faixa dos médios do mercado - 1600 4 Portas, 1600 TL e Variant - era bem diferente do Tipo 3 alemão de 1961, que teve a mesma missão no seu país de origem. A razão da identidade própria da família brasileira é que ela descende de um projeto abortado na Alemanha em 1965, o EA-97, que deveria ter sido a evolução do Tipo 3, mas não foi fabricado porque a Volkswagen percebeu que os motores a ar não tinham mais espaço nas faixas de mercado acima dos populares na Europa, optando por manter o Tipo 3 até 1973 e concentrar os investimentos na futura linha refrigerada a água. Com o projeto encalhado, despacharam o ferramental para o Brasil em 1966, do qual surgiria o Zé do Caixão na linha 1969 e os TL e Variant no ano seguinte. Se não chegou a ser um fracasso absoluto, o desempenho de mercado da linha média dos VW a ar nunca correspondeu às expectativas da empresa diante de concorrentes bem mais atraentes, apesar dos investimentos em uma frente mais moderna em 1972 (como no TL da foto) e da comprovada solidez do projeto, provando que os executivos alemães estavam corretos em 1965.
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
7 comentários:
Não foi esse ferramental aí que afundou em um navio???
Aí depois acabaram trazendo o que tinha na Vemag, do Ipiranga para São Bernardo???
Exatamente. Só que conseguiram resgatar o ferramental naufragado e usaram as copiadoras Schüler da Vemag (as melhores do mundo) para reproduzi-los. As copiadoras Schüler foram a maior herança da Vemag para a VW.
Eu lembro muito bem desse dia no Alphaville. Tava almoçando no Anthony's, e comentei desse TL Azul lindo que havia chegado. De onde a gente tava, só dava pra ver a capota dos carros. Eis que minha cunhada pergunta:
"Chico, aquele prata ali do lado que parece muito é um TL de outro ano?"
E eu respondo:
"Paola, é uma Ferrari..."
Zoo ela até hoje por causa dessa...
Malta,
Não posso deixar de enaltecer bons comentários sobre a família VW 1600 4 portas,Variant e principalmente o TL, que foi o meu primeiro carro...E fui eu mesmo quem o escolheu, ano 1971, modelo 1972 (o primeiro com "frente baixa"), Branco Lótus, de única dona, com menos de 40 mil rodados (em 1987), realmente uma relíquia, já naqueles tempos...O carro era imaculado, totalmente original, interno virgem, inclusive sem rádio e furos de falantes, o ar quente funcionava (até o escapamento ainda era original !!!), bastou apenas uma troca de óleo e regualr a folga da caixa de direção para que ele ficasse mais perfeito ainda...
Fiquei com ele por seis meses, e acabei vendendo por uma oferta irrecusável na época, para me iniciar no ramo de compra e venda de carros...Passados onze anos da venda, eu o encontro no antigo encontro do Pacaembu, nas mãos de seu dono, ainda perfeito, com apenas uma repintura externa, lindíssimo...Estava à venda, tentei recomprá-lo, mas a minha mulher (atual ex-mulher)não me permitiu...
Resta o consolo de saber que ele está em boas mãos, devidamente cuidado por (poucas)pessoas que sempre o valorizaram...
Saudades de ti, TL placas BF 9705 (amarelas),atual COB 1971 (pretas)...
Uai, Mário, quem sabe você ainda não se encontra com seu antigo amor, agora sem interferências externas...
Adoro fuscas, mas TL, Zé do Caixão, Variant sempre achei um lixo. Feios, ruins de estabilidade, aquele motor que esquentava, a maioria era feita nas coxas e entrava água. Deviam ter vergonha de terem fabricado essas porcarias. A melhorzinha era a Brasília, era mais bonitinha, andava bem, mas entrava água no assoalho pra dedeu. Nas freadas tinha que tirar o pé do chão do contrário era uma molhação só.
Sempre achei que a Brasília era o que mais entrava água e poeira, fora a barulheira no interior. Mas concordo que era a mais bonita.
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