sexta-feira, 23 de setembro de 2011

OS 3 MELHORES # 9 - OS PESOS-PENA




Só mesmo os pobres de espírito acreditam que o verdadeiro prazer ao dirigir pode vir apenas de automóveis dessa ou dessa categoria. Para os não tão abastados, os fabricantes prepararam deliciosas opções com carisma semelhante, porém com cilindrada, peso, potência - e preço, naturalmente - correspondendo a apenas uma fração dos supercarros com os quais eram capazes de se bater em uma subida de montanha. Quem melhor entendeu esse espírito de despojamento e eficiência foi Colin Chapman; seu Lotus Seven continua sendo produzido com formas praticamente inalteradas desde 1957, tendo sobrevivido, inclusive, à falência da empresa, que havia vendido anteriormente os direitos de produção para a Catherham. Originalmente com motor 1.2 de 40 cv, responsáveis por empurrar apenas 500 kg, eis a fórmula para o sucesso permanente do Seven. Em ordem descrescente de cilindrada, um projeto orgulhosamente brasileiro figura entre os mais apaixonantes pesos-pena da história. Com motor DKW dois-tempos de apenas 1.0 litro que, nas versões de pista, beliscavam os 100 cv, o GT Malzoni já foi recebido com honras de celebridade no Monterey Historic Automobile Races e no Museu da Audi em Ingolstadt. E, finalmente, outro que foi feito por estas bandas, igualmente em fibra de vidro, mas com sotaque francês carregado: o Alpine A-108 - Willys Interlagos, para os brasileiros - que, com 0.8 litro de cilindrada, era capaz de entusiasmar mesmo nas pistas européias, principalmente na versão berlinette, e deu à Alpine tal notoriedade que ela acabou se tornando a divisão esportiva da Renault.

4 comentários:

M disse...

Dotô,
Mas faltou o Suzuki Swift...

Sobre os Interlagos: Sim, motor 850 c.c., MAS as primeiras Berlinetas sairam com motor 1.000 c.c. (só 1962)

Luís Augusto disse...

È vero...
Mas dava problema demais, o que marcou mesmo foi o 0.8!

Paulo Levi disse...

Pra dizer a verdade, me emociono mais com esse trio aí do que com os supercarros do post anterior. Sei lá, eles são muito eighties, Donna Summer e Studio 54 pra mim. Mas reconheço que o Flavio Briatore ficaria bem em qualquer um deles.

O Corsário Viajante disse...

Só valem antigos né?..
Aliás, gosto muito desta categoria! Diversão garantida sem estropiar o bolso!