terça-feira, 24 de maio de 2011

MÍTICO


Referência em luxo nos EUA desde seu nascimento em 1915 pelas mãos de Henry Leland (o mesmo que criou a Cadillac), a Lincoln foi adquirida pela Ford em 1922 por iniciativa de Edsel Ford, que queria conquistar o mercado premium e agregar prestígio à marca criada pelo pai. Seus esforços foram coroados pelo charmoso Continental 1940, que iniciou uma tradição de modelos que se tornaram verdadeiros ícones de bom-gosto por diferentes gerações, como o enorme coupé 1969 já visto por aqui. Os amantes da marca devem ter seus preferidos - particularmente, gosto muito do pioneiro criado por Edsel -, mas o grande público certamente tem uma queda pela geração de 1961-69, não só pelas suas linhas elegantes com portas traseiras suicidas, interior todo elétrico e opções de motor V8 de mais de 7 litros, mas também por ter ficado indelevelmente associada ao assassinato do Presidente Kennedy, em 1963 (a bordo de um modelo 1961). Como curiosidade para os amantes do Dodge Dart, as belas linhas do Continental dos anos 60 foram assinadas por Elwood Engel, que, na segunda metade dos anos 60, seria contratado pela Chrysler para redesenhar os compactos do grupo - reparem como o desenho retilíneo do Continental, com um discreto "ombro" logo depois da porta traseira, remete aos belos traços do Dojão. O modelo 1965 da foto, clicado há anos pelo sumido Chico Rulez, já fez parte de uma das melhores coleções mineiras, mas acabou vendido pela dificuldade em fazer seus 25 (isso mesmo, vinte e cinco) motores elétricos funcionarem a contento, algo inadmissível pelo exigente proprietário!

16 comentários:

Mauricio Morais disse...

Só de olhar pra ele já dá pra sentir o quanto é suave o rodar. (Esse comentário ficou parecendo propaganda)

Victor disse...

Concordo, além da personaldidade deve ser ótimo rodar com ele...e um sonho!
abraços

roberto zullino disse...

e é bom para tomar um tiro como o Kennedy.

Chrysler Building disse...

Opulência extrema sobre rodas!

Faz os mais desavidados lembrarem quem são os melhores...

Paulo Levi disse...

Certa vez dirigi um Mark IV, carro uma geração mais novo do que esse. Era de fato muito confortável ao melhor estilo "barca", totalmente desconectado dos inputs do motorista. O carro pertencia ao pai de uma colega de faculdade, Republicano de carteirinha, que dizia que Cadillac era carro de Democrata e portanto não estava com nada.

Mas o meu Continental favorito em todos os tempos é o Mark II de 1956 - sem dúvida, o carro americano mais classudo dos Fifties.

Luís Augusto disse...

Paulo, tem um 56 em restauração aqui em BH. Deve causar comoção quando ficar pronto!

Chrysler Building disse...

No idos dos anos 90, li uma matéria que falava sobre a decorrada do capitalismo Cubano pós Fidel e que mostrava, de cara, um Mark II 56 servindo como "taxi de hotel"...

A traseira deste carro é escandalosamente linda!

Chrysler Building disse...

"Nos idos" e "Pré Fidel".

Sorry...

Luís Augusto disse...

Esse carro ainda deve existir. Lembro de uma foto dele em uma Classic Show antiga.

Paulo Levi disse...

Sobre esse Mark II "cubano", vale uma visita ao blog Cuban Classics, http://cubanclassics.blogspot.com/

A foto do Mark II também está em um post que escrevi a respeito desse blog: http://adverdriving.blogspot.com/2010/08/dica-de-blog-cuban-classics.html

Luís Augusto disse...

Paulo, fui ver seu post. Muito bonito o Lincoln, é o mesmo da CS que mencionei.

Pé de Chumbo disse...

Zullino, o Kennedy só tomou tiro porque naquela época não tinha conversível blindado...

Ih, ih....

roberto zullino disse...

Ledo engano, o carro tinha uma capota de um plástico à prova de balas que o Kennedy mandou retirar porque se achava a última bolacha do pacote, queria que o povo do Texas o visse, o Texas foi um país independente e de certa forma ainda o é. foi burro e levou uns balaços.

Pé de Chumbo disse...

Mas se botasse capota de "prástico", num dava pra ficar de pé dando tchauzinho...

Chico Rulez! disse...

Tou aqui! Sempre vejo seu blog, meu amigo! Abração!

Luís Augusto disse...

Oi Chico, bom revê-lo. Abração