Certa vez, pergunta-ram ao famoso carrozziere qual era o seu trabalho preferido e ele apontou o Cisitalia 202, um Grand Tourer que usava mecânica Fiat 1100 e que, hoje, faz parte do acervo permanente do MoMA de New York. Construído entre 1947 e 1952, ele antecipou tendências vistas em grandes esportivos que viriam nos anos seguintes, como as berlinettas Ferrari e Maserati. Em uma Europa ainda se refazendo das feridas da II Guerra, os 168 km/h alcançados pelo pequeno motor de 50 cv líquidos eram uma ótima marca, mas a beleza e o desempenho do 202 não foram suficientes para impedir a falência da Cisitalia, abreviatura de Consorzio Industriale Sportivo Italia, ainda nos anos 50, após ter conquistado vitórias até na F-1. Curiosamente, os passos do fabricante italiano foram seguidos pela Porsche que, encorajada pelo sucesso do esportivo com mecânica Fiat, procurou a Volkswagen para o fornecimento da mecânica básica dos primeiros 356 feitos em Gmünd - só que o destino da Porsche, como se sabe, acabou sendo bem mais glorioso do que o da sua inspiradora. O modelo da foto esteve no encontro de Meadow Brook, MI, em 2005 - se fosse um evento europeu, dificilmente o esportivo estaria com as indefectíveis faixas brancas nos pneus...
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
4 comentários:
Por falar em MoMA, Luis, já ouvi dizer que tem um Uirapuru lá, considerado um marco no design de carros, copiado até pela Jensen... Vc sabe de alguma coisa a respeito???
Felipão, boa parte do acervo do MoMA é rotativa, mas, de toda forma, acho muito improvável que um Uirapuru já tenha estado por lá.
Quanto à lenda de plágio pela Jensen, é uma grande bobagem. Os dois seguiam tendências da época, mas são muito diferentes quando vistos ao vivo, lado a lado (pena que não fotografei...).
As proporções são outras e, como o Jensen foi apresentado apenas um ano depois do Brasinca, só seria possível falar em cópia se tivesse havido espionagem industrial, algo impensável para duas empresas tão pequenas.
O estúdio Pininfarina não é deste mundo. Todas as casas de estilo tiveram seu auge e sua decadência. A Pininfarina parece nunca ter baixado a guarda, Desde o velho Pinin, passando por seu filho Sérgio até os herdeiros de hoje, nunca vi um carro feio que tenha saído daquelas pranchetas.
E não só bonitos, sempre com novidades estéticas e práticas.
Taí uma idéia de post Dr. Malta. Abs.
Sugestão registrada, Maurício. Realmente a Pininfarina é muito especial, mesmo quando falamos de veículos atuais. Tanto que um outro modelo entre os preferidos de Sergio é a Ferrari 456 GT.
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