Outro dia, o Felipão se lembrou de uma antiga polê-mica que sempre é levantada por algum entendido quando o Dr. Otávio chega com o seu Uirapuru nos encontros do Veteran aqui em BH: o suposto plágio do clássico nacional feito pelos britânicos no Jensen Interceptor, um Grand Tourer que se servia do V8 Chrysler 383 (6.3 litros, 325 hp brutos), com câmbio automático Torqueflite, e oferecia um sistema de tração integral opcional tão complexo que seu desenvolvimento acabou por levar a empresa à falência. Feita a apresentação, uma análise superficial de estilo mostra semelhanças como a traseira truncada com a enorme vigia, mas o Brasinca tem desenho mais rebuscado do que o seu "sósia" britânico, que não conta com a entrada de ar sobre o capô (que é mais longo no modelo brasileiro) nem com as reentranças nos paralamas dianteiros. O Brasinca tem também o pára-brisa mais inclinado, desenho das portas avançando sobre o teto e a linha de cintura mais proeminente. Em resumo, eles compartilham características comuns aos GTs da época, como frente longa, traseira curta e motorista mais próximo do eixo traseiro, mas o desenho do inglês, assinado pela Vignale, é mais genérico e muito menos atraente do que o nacional, que foi lançado dois anos antes. A imagem acima mostra o único Interceptor conhecido no Brasil; ele foi importado em 2001 por um colecionador do Veteran de BH, tendo faturado o Troféu Flávio Marx (melhor esportivo europeu) em Lindóia/2002. Posteriormente, ele foi vendido ao Júlio Penteado, de SP - fã confesso de esportivos europeus com mecânica norte-americana - que o repassou recentemente a um colecionador pernambucano. A foto, tirada da página do Recifcars, mostra o encontro de Gravatá/PE, o mais importante do Nordeste, onde colocaram os dois esportivos lado a lado. E aí? Houve ou não houve plágio? Qual dos dois é o mais atraente? Meu voto está no título do post; só não vale dizer que preferia o Uirapuru com o motor do Interceptor...
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
8 comentários:
ahhhh, Luís... Lembrou do meu comentário??? hahahahahah
mas é verdade... um monte de gente diz isso... o meu pai mesmo jura isso de pé junto... só que seus argumentos, na outra vez que levantei a questão, já haviam me convencido... Sempre é muito difícil fugir de um divisor comum em uma época...
Olha, vi os dois ao vivo, lado a lado! (fui eu quem tirou a foto que está no blog)e confesso que fica difícil dizer qual dos dois é o mais atraente, o Jesen tem muita classe e um belo interior, entretanto o projeto brasileiro é belíssimo! e surpreende até quem não é expert em antigos (o meu caso)ele tem suluções de design mais modernas do que o carro inglês, como é o caso das portas que avançam sobre a capota, efim, fico com o Brasinca! ah! não o cosidero um plágio, apesar da nítida inspiração no carro inglês.
Eu fico com o Brasinca.
Obriago ao fotógraqfo e ao Luís por ter postado a foto. Eu nunca tinha visto um ao lado do outro - claro! E olhando assim... realmente, não se trata de plágio não. É óbvio, olha o quanto o Brasinca é mais bonito que o inglês!
Luís, aqui também temos um Uirapuru, lindo de morrer, ó:
http://carrosantigos.wordpress.com/uirapuru-4200-gt/
Nik, já tinha visto esse post. O proprietário escolheu uma cor muito bonita, me parece que era do catálogo da Willys. Existe em Brasília um Democrata pintado exatamente naquela cor.
Ah, mostrando de frente assim não parece mesmo. Mas as traseiras....
Chico, o acesso ao porta-malas do Jensen é feito abrindo-se a cobertura de vidro (tipo um carro três portas), enquanto o Brasinca tem uma tampa separada do vidro (tipo duas portas).
Vistos de trás, a impressão é que o brasileiro tem o "quadril" mais largo do que o inglês.
Eu me tornei um apaixonado pelos Uirapuru e sua história, depois que conheci este do Paiva, aqui em São Gonçalo, no último encontro do Auto Relíquias, ano passado. Estou precisando de tempo para ele me contar sobre a restauração do carro e registrar tudo, mas cadê?
O carro é muito bonito, impressionante mesmo. As fotografias não fazem justiça ao design do Uirapuru.
Nik.
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