Aprovei-tando a discussão aberta pelo Chico Rulez no post sobre o Fiat Dino, eis a foto da mais famosa berlinetta a levar o Cavallino Rampante clandestinamente, na grade. Pode ser surpresa para muitos, mas a Dino jamais foi chamada oficialmente de Ferrari nem saía de fábrica com qualquer emblema da marca - a idéia de Don Enzo era a de criar uma divisão diferenciada (Dino) para homenagear o filho, falecido precocemente, e evitar tirar a aura de exclusividade dos outros modelos de Maranello com um esportivo de "apenas" 6 cilindros, concebido para concorrer no mercado logo abaixo do de supercarros, no qual reinavam os Porsche 911 e Corvette Stingray. Produzido entre 1967 e 1974 nas versões 2.0 e 2.4, com carroceria fechada e targa, a Dino foi um sucesso de mercado, mas nunca emplacou como marca própria e, com o tempo, acabou sendo aceita pelos entusiastas como uma autêntica Ferrari, constando em qualquer resenha sobre a marca. Difícil é achar alguma por aí em estado de absoluta originalidade, ou seja, sem o mítico cavalinho na grade...
Você colocaria?
15 comentários:
Não colocaria e se comprasse uma que tivesse, tirava! Originalidade acima de tudo.
Volto a dizer: isso aí é coisa de mano que põe adesivo "sport", "turbo" e similares. Tosco!
não sei se é verdade, mas parece que as Pumas GTE foram inspiradas na Dino 206
As primeiras eram inspiradas na Lambo Miura e, após 76, na Dino.
Pela originalidade, não colocaria também. Até mesmo pela história contada pelo Luís. Agora, se quer colocar, não vejo problemas. Tem muita gente que, acima de qualquer coisa, é torcedora da marca que faz parte de um conglomerado de outras empresas. Incrível, mas tem gente que compra Fiat por ser fã de Lancia, Alfa, Ferrari e etc. Mesmo caso da Volks, GM, Ford e etc. Eu não coloco pelos motivos colocados pelo Chico. Mas, ainda sim não vejo problemas...
Eu tambem não colocaria. Imagina se tivesse um desses...
Realmente não sei o que pensar... pelo jeito, vocês são mais puristas do que eu!
A história que tenho é outra: Nunca se pensou em empresa paralela. Houve uma revolta quando a Ferrari fez o motor 6 cilindros e o próprio Enzo proibiu o uso do Cavalino Rampante.
A Ferrari vive do mito do V12, mas ganhou mesmo com os 4 cilindros com o Ascari, depois com um V8 da Lancia e com V8 próprios em 64 com o Surtees.
Os 12 cilindros que ganharam após, nunca foram em V, eram boxer, o que é outra coisa, os V tem duas bielas em cada colo de virabrequim e o boxers exigem um colo de virabrequim para cada biela.
Os V12 ganharam em sport protótipos, mas mesmo assim houve Testa Rossas de 4 cilindros.
Grande Roberto, obrigado pelo comentário. Realmente eu nunca tinha atentado para essa estranha curiosidade. Nunca houve um autêntico V12 campeão de F-1 pela Ferrari. Mas o Lancia não era V6?
A Lancia era um V8. A Ferrari correu como Ferrari Lancia em 56 e foi campeã com o Fangio. A Lancia é aquela Ferrari com os tanques laterais. Para 57 e 58 retiraram os tanques laterais e deram uma disfarçada no carro para dizer que era Ferrari.
Pois é, mas aí foram massacradas pela Mercedes. Obrigado pelo esclarecimento!
A Mercedes deixou as pistas em 55 depois do enorme acidente de Le Mans com Pierre Levegh.
A Ferrari foi campeã de pilotos em 58 com Mike Hawthorne se bem que o recém campeonato de construtores foi ganho pela Vanwall.
Em 57 a campeã foi a Maserati com o Fangio com a 250F, um carro de 1954.
Verdade, Roberto, me confundi todo com as datas. Voltando ao Lancia-Ferrari, acho que ele chegou a correr em 56 com o símbolo da Lancia mesmo, certo?
Acho que deve ter corrido uma corrida em 55 se tanto. Tem que ver a data da morte do Alberto Ascari que iria pilotar o carro.
Na realidade, a Lancia ia para uma temporada forte, mas a morte do Ascari e dificuldades financeiras fizeram com que o governo pressionasse o Vitorio Lancia a entregar seus carros contra a vontade para o vechio mafioso.
Teria que pesquisar e não tenho tempo. Se quiser, procure no meu site, www.f1total.net e vá em enciclopédia, deve ter alguma coisa lá.
A enciclopédia do www.f1total.net é uma wikipídia do assunto e já é a maior obra do mundo em GPs, temos todas as temporadas, carros, pilotos, pistas, GPs desde 1906. A maioria só tem depois de 1950 quando a f1 foi organizada de maneira a ser um campeonato mundial, mas GPs e carros de f1 já exisitiam antes dentro de um campeonato europeu.
OK, valeu pela dica, vou olhar sim. Tenho curiosidade em saber um pouco mais sobre as Voiturettes do pós-guerra. E muito obrigado por enriquecer o blog com suas observações.
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