Este belo GT Malzoni amarelo, premiado no Brazil Classics 2004, pertence ao Presidente do Veteran de BH, Jornalista Boris Feldman, e é muito especial por dois motivos: primeiro, trata-se de uma das duas únicas unidades de pista remanescentes no Brasil (os outros Malzonis conhecidos são modelos de rua); segundo, porque ele já viajou um bocado para mostrar ao mundo um pouco da criatividade e engenhosidade brasileira daqueles tempos pioneiros, fazendo bonito nas Mil Millas Argentinas em 1996, no Monterey Historic Automobile Races 1999 no circuito norte-americano de Laguna Seca, por ocasião do centenário da Audi, e na Autoclasica 2007, junto com outros esportivos desenvolvidos no Brasil, além de ter comparecido, rodando, para enriquecer o último Blue Cloud em Caxambu, entre outros eventos nacionais. Desenvolvido para a equipe oficial da Vemag pelo time comandado pelo advogado Rino Malzoni, o esportivo tinha como missão fazer frente aos Willys Interlagos nas pistas, já que o Belcar era um adversário à altura apenas para o Gordini e o Simca, e seu motorzinho dois-tempos e 1.0 litro chegava a atingir 100 cv, graças à preparação do grande Jorge Lettry. Apesar de ter tido vida curta (1964-66) por causa das dificuldades financeiras que levaram ao fim da Vemag, seu sucesso foi tal que seus criadores deram continuidade ao projeto de maneira independente, lançando o Puma, ainda com mecânica DKW, em 1967. Sobre a unidade do Boris, acredita-se que tenha sido o último Malzoni de pista fabricado; ele conta que a cor amarela foi uma escolha pessoal na hora da restauração, para diferenciá-lo do outro "espartano" conhecido, do Eduardo Pessoa de Mello, que adotou a cor branca da equipe Vemag. Sua mecânica tem uma preparação mais leve do que a do Lettry (receita do Bob Sharp) visando o uso nas estradas, onde o pequeno esportivo se sente inteiramente à vontade, para deleite do seu privilegiado proprietário.
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
3 comentários:
Acho esses modelos fantásticos...
Mas preferiria que tivessem mantido a cor original...
Acho que faz parte da coisa toda...
Felipão, falar em cor original em um carro de competição é complicado...
Como a produção era praticamente artesanal, ele podia ter a pintura decidida depois de pronto, de modo que um piloto independente poderia perfeitamente tê-lo encomendado na cor de sua preferência. Só os carros da equipe oficial da Vemag eram brancos.
eu tinha pensado exatamente no branco...
mas, vc tem razão...
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