quinta-feira, 5 de março de 2009

MOTOR VERSÁTIL

A figura do Cavallino Rampante na grade desse Fiat Dino Spider 2.4 1970, flagrado no Brazil Classics 2004 (repa-rem no capricho do dono ao escolher as letras da placa), nos remete aos primeiros flertes do Commendatore com o gigante de Turim, que acabaria assumindo o controle da marca de Maranello em 1969. Anteriormente, em 1966, Ferrari propôs à Fiat que fabricasse um esportivo de grande produção destinado a usar os célebres V6 da Dino 206 e 246 - o 2.4, em ferro fundido, já era usinado na própria Fiat, que optou pela posição dianteira e potência de 180 cv líquidos, ante os 195 do motor central da Dino 246 GT. Se a proposta parecia tentadora para os piemonteses, já que agregaria enorme prestígio à marca ao oferecer uma opção mais sofisticada do que o 124 Spider, para a Ferrari o negócio também era interessante, já que o motor atingiria o volume de produção necessário para ser homologado na Fórmula 2. Produzido entre 1966 e 1972 nas versões cupê e conversível - esse último com desenho assinado por Pininfarina -, o Fiat Dino foi um dos modelos mais exclusivos da marca no pós-guerra, mas ela não seria a única a se valer do motor V6 da Ferrari: em 1971, a Lancia arrancava 215 cv da mesma usina de força no arrasador Stratos, para irritação de Don Enzo, que exigiu que a potência fosse reduzida para o mesmo patamar da berlinetta que levava o nome do seu falecido filho. Ah, o Cavallino na grade do Fiat não é original, naturalmente, mas que dá um charme especial ao belo conversível, olha, isso dá!

9 comentários:

Chico Rulez! disse...

Na minha humilde opinião esse Cavallino Rampante na grade não fica diferente dos mano que colocam o símbolo em Palio, ou daqueles que colocam as 4 argolas da Audi em Gol quadrado.

Luís Augusto disse...

Que maldade...

Germano disse...

A Ferrari queria preencher o limite mínimo para colocar o Dino V6 na F2, e para conseguir 500 carros com esse motor, pediu "ajuda" da FIAT...

Felipão disse...

eu gostei mesmo foi do trio lá atrás...

Agora, se o coração é ferrarista, pode colocar o cavallino na grade. Não vejo problemas...

E tudo casou nesse caso, o desenho do Bertone e o apelido do Alfredo Ferrari, batizando o carro...

Luís Augusto disse...

Felipão, eu sabia que vc iria comentar sobre o trio lá atrás! E, ao lado do GT4R está um FNM Onça.

Só uma correção, o desenho do Spider não é de Bertone e sim de Pininfarina. Bertone desenhou só o cupê.

Helio Herbert disse...

Luis Augusto belas fotos,também não é por menos esse evento foi Show,tenho o prazer de trabalhar para o Veteran do Brasil organizando a feira de peças desde os eventos de São Lourenço e os últimos 8 anos em Araxá;Em Águas de Lindóia também organizo a feira de peças desde o início e este ano vou montar um espaço para os blogueiros e você está convidado também,apareca lá.Abraços.

Luís Augusto disse...

Valeu, Hélio, vou fazer o possível para estar lá esse ano! A feira de peças de Lindóia é imbatível.

Felipão disse...

hahahahahah

Luís,,, Eu ainda olhei o pedaço do carro e me perguntei se não era o Onça. Só não falei nada com medo de falar bobagem... hhahahaha

Gustavo disse...

Que raridade! Mas o emblema, uma heresia, concordo com o Chico.