quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

EPÍGONO

Na virada dos anos 70, no auge do sucesso, a Puma per-cebeu que o entusias-ta brasilei-ro estava muito sinto-nizado com a cultura automotiva americana, que vivia o apogeu dos pony-cars anabolizados, como o Challenger, que chegavam no Brasil em conta-gotas por causa das taxas proibitivas de importação. Assim, em 1971, a equipe de Rino Malzoni começou a desenvolver nosso próprio pony, com mecânica Chevrolet 6 cilindros, chamado internamente de P8 e apresentado no Salão do Automóvel de 1972 como Puma GTO. Entretanto, o esportivo, rebatizado de GTB, só ganharia as ruas a partir de 1974, já com pequenas mudanças estéticas; em 1976, veio o motor 250-S de 171 cv brutos. Apesar da fila de espera de clientes que topavam pagar o preço estratosférico do "Pumão", ele não teve a mesma aceitação dos pioneiros GT e GTE, talvez por não ter nascido nas pistas, como seus antepassados. Seu desempenho era similar ao do Opala SS, apesar da mecânica idêntica e do menor peso, e pequenas falhas de acabamento e no controle de qualidade davam mostras de que os melhores dias da Puma já haviam ficado para trás. Além disso, ele se tornou anacrônico ainda no lançamento, já que a era do esportivo de grande cilindrada razoavelmente acessível ao motorista comum havia ficado para trás após a famigerada crise do petróleo, mas ainda teve carisma para deixar descendentes nos anos 80, como o seu sucessor GTB S2, de 1979, e o excelente Santa Matilde, que também se valiam do 250-S da Chevrolet. Quase sempre descaracterizado por proprietários pouco criteriosos, o GTB se tornou uma raridade em suas formas originais, como o modelo acima, visto no encontro de Santo André/2008.

8 comentários:

Gustavo disse...

Eu gostava mesmo do S2. Um design muito limpo.

Tohmé disse...

Luís, esse carro era lindo,porém uma m.
Meu tio tinha um dourado e entrava água de poça. Na chuva então, nem se fala.

Felipão disse...

Incrível a quantidade de carros de Santo André que aparecem por aqui. Como sou desligado, vivo perdendo esses encontros. Quanto ao Puma, sou supseito pra falar, Luis. Vc sabe da paixão que tenho por esses carros, pelo número de vezes que falei dos carros da marca por lá...

Luís Augusto disse...

Senhores, pessoalmente, gosto mais do S1 do que do S2, mas concordo com o Tohmé; a Puma pecou demais em falhas de projeto e de controle de qualidade no GTB.

Ararê Ilustração disse...

Mesmo com todas essas falhas citadas pelos amigos aí em cima continuo um apaixonado pelos carros Puma, todos!
Ainda vou ter um, de preferência um GTE vermelho. Adoro esse "carrinho".

Luís Augusto disse...

Ararê, não sei se você teve a oportunidade de admirar o GTE do meu amigo Ronaldo Fachin (o link está neste post). O carro é simplesmente inacreditável e o prazer em dirigí-lo é indescritível. Também quero um GTE, de preferência até 71, um dia...

Nik disse...

Foi a mais linda versão das Pumas/Chevrolet, sem dúvida. A GTB eu ainda hoje me pego admirando quando vejo uma, não importa o carro que esteja ao lado. O desenho é muito atual e forte. Aqui em Niterói temos uma que é do mesmo dono desde nova, na cor prata, que é sem dúvida a cor mais feliz das de fábrica que conheço. É um carro lindíssimo.

De Gennaro Motors disse...

veja o s2 aqui: www.degennaromotorsmaterias.blogspot.com