No início dos anos 60, a gera-ção nascida logo após a II Guerra começava a dirigir; não tendo vivi-do os horro-res do con-flito, os jo-vens moto-ristas euro-peus não estavam interessados em carros espartanos que remetessem às privações daqueles tempos difíceis - até o Fusca vinha se sofisticando progressivamente - enquanto os enormes modelos, que lembravam a tecnologia militar que levou os EUA à vitória, pouco representavam para os jovens norte-americanos, que queriam algo mais despojado. Na Europa, o conceito dos carros-esporte já estava bem consolidado quando, na esteira do sucesso do Giulietta, a Alfa Romeo lançou o Giulia 1600 Spider, que, ao contrário do modelo fechado, mantinha as linhas clássicas do sucesso da marca na década anterior, mas já contava com o motor maior e o câmbio de cinco mar-chas, além de peque-nas modifi-cações esté-ticas. O Giulia 1600 Spider foi produzido entre 1962 e 1965, época em que o mercado americano era sacudido pelo lançamento dos pony-cars, esportivos derivados de modelos compactos de grande produção que ofereciam bom desempenho e visual jovem, além de uma longa lista de opcionais que permitia que seu dono praticamente personalizasse sua unidade. Embora não tenha sido o primeiro "pônei", o Ford Mustang obteve um sucesso tão grande, que se tornou praticamente sinônimo do conceito, tendo vendido como poucos nas suas linhas originais, que foram de 1964 a 1967, com a opção conversível desde o seu lançamento. No lugar no 1.6 de duplo comando de válvulas e 92 cv líquidos da Alfa, a Ford oferecia o V8 289 (4.7 litros) cuja potência oscilava em torno dos 200 hp brutos, variando conforme as opções de carburação; além dele, havia duas opções de seis em linha que venderam pouco. Como sempre, temos que decidir pela a sofisticação técnica e o estilo refinado dos europeus ou pelo jeito "descolado" de ser dos americanos, igualmente apaixonantes. Mas o Cuore Sportivo, assinado por Pininfarina, faz o (ou seria "a"?) Giulia vencer o cavalinho por uma cabeça. Europa 5 x 4 América.
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
5 comentários:
Nossa, muito difícil escolher. Pessoalmente não gosto muito dos conversíveis. Os poucos de que gosto foram feitos pelos americanos, como os Cadillacs, "Vettes" e Ponys. Mas não há como não babar diante do design e inovações desta linda Alfa que esteve em Araxá.
Sou suspeito pra falar...
Sou cuore sempre...
Essa Alfa vi no Circuito Imperial, digna do Presidente.
Entretanto uma escolha difícil, já que para os padrões americanos o Mustang é pequeno. Para manter a coerencia fico com a Alfa.
É, Gustavo, você não está exagerando. O dono da Alfa, o Dr. Otávio, foi o Presidente do Veteran de BH durante muitos anos (agora é o vice).
Luís é Alfa na cabeça, ou, no cuore.
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