segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O REI DAS PRAIAS CALIFORNIANAS


Com proposta semelhante à dos buggies da BRM do post abaixo, mas mantendo forte identidade visual com o Kübelwagen original, eis o utilitário leve da Volkswagen nos anos 60 e 70, o Tipo 181, que foi produzido para equipar as forças da Otan na Europa, mas acabou sendo disponibilizado também para consumidores comuns. Raro no Brasil, sua produção ultrapassou as 90 mil unidades, tendo a versão civil se tornado muito popular no México e na Califórnia, onde ganhou o apelido de Thing. Seus predicados eram robustez, extrema simplicidade e ótima desenvoltura em terrenos difíceis mesmo sem contar com sistema 4x4. A unidade da foto pertence ao Dr. Roberto Nasser e foi premiada no Brazil Classics 2006.

26 comentários:

M disse...

E ganhou o prêmio de melhor "coisa" ?
Depois reclamam quando o Zuzu deita falação nestes encontros...

roberto zullino disse...

Não conheço ninguém da turminha que saiu sem um caneco ou placa nesses encontros. Todo mundo acaba recebendo prêmio e quer valorizar o carro para vender para os incautos.

Não está com as rodas originais.

Gustavo disse...

Coisinha simpatica!

Francisco J.Pellegrino disse...

O Roberto Nasser enlouqueceu...

Luís Augusto disse...

Zullino, nem as rodas nem o volante originais (acho que está com o do Gol 82). O pessoal da platéia chiou um bocado...

roberto zullino disse...

Platéia ignara, merecem chibata. Como se atrevem a questionar os critérios da comissão julgadora?
Os caras não levam mulheres Panex e munidas de frigideiras de ferro à tôa. As megeras partiram para cima garantindo o prêmio.
Aposto que o carro já está com algum trouxa.

M disse...

Carro não ! A "coisa"...

roberto zullino disse...

O próximo é o tal Democrata que foi louvado até em livro.

Luís Augusto disse...

Não vejo as coisas dessa forma. Não acredito que uma figura tão respeitável como o Nasser tenha exigido qualquer tipo de premiação visando valorizar seu carro. Mas, se a organização do evento quis lhe fazer um agrado, é outra história.
Quanto ao Democrata, independentemente de qualquer possível conchavo ou das suas qualidades e defeitos, é um carro interessantíssimo para a história da indústria automotiva brasileira e não precisa de qualquer promoção para despertar interesse. Além disso, o Nasser está também ligado ao resgate de um dos poucos FNM Onça produzidos e do Willys Capeta, que estão expostos em Brasília e não encarcerados em uma coleção particular. Portanto, acho injusto esse tipo de insinuação.

roberto zullino disse...

Eu acredito em Papai Noel e no Coelhinho, será que tenho salvação?

O Democrata nunca foi símbolo de nada e muito menos da indústria brasileira.

"Nóis" aqui sempre "chamou" isso de "gorpe".

Isso de ser símbolo é a maior mentira que inventaram, vai se saber porquê?

Não fico na frase apenas, provo:

1-A coisa não ficava de pé desde o início, a tecnologia divulgada era o uso de fibra. Fibra não é indicada para grandes produções, pois é cara e o processo é lento.

2- A GM nunca conseguiu fazer muitos Corvettes com o uso dessa tecnologia. Por que a IBAP faria?

3-Venderam 80 mil carros Democratas se não me engano. Acho que a GM conseguiu fazer isso em Corvettes depois de muitos anos e estamos falando de GM.

4-Como e quando iriam entregar carros feitos de fibra e com mecânica obscura?

5-O motor é outra mentira, inventaram a história do navio que afundou ou fugiu. Era um V6 italiano de liga leve caríssimo, jamais poderia ser usado em carro barato. O detalhe é que apenas UM carro tem esse motor e não é o de BSB que foi feito com peças que sobraram e outras indefinidas. Nem mais de um motor tinham.

Tudo isso é muito bonitinho hoje em dia, mas quem perdeu grana não deve achar nada legal.

Muito me admira o Dotô como um paladino de carros antigos querer defender esse aborto e ainda considerar que faz parte da história da indústria, nunca fez parte da indústria e muito menos da história.

Consulte os arquivos da Quatro Rodas que sempre teve muitos defeitos, mas nesse caso colocou as coisas no lugar certo. É um absurdo querer se desacreditar a revista da época usando a péssima imagem da Abril de hoje.

No final, fica fácil colocar a culpa nos milicos e na QR e vamos tocando.

O povo adora fracassos, Tucker, Gurgel, N Fernandes etc...

Luís Augusto disse...

Zullino, não questiono o ponto de vista de quem acha o Democrata uma fraude, etc. Há nuances nessa história, na verdade o carro de grande produção da Ibap deveria ser um outro modelo mais simples que o Democrata, mas isso é uma outra discussão.
O que eu levantei é que houve uma insinuação contra alguém que se dedica a preservar esses ícones (são ícones do fracasso, que seja, mas peças na nossa história, sim!) e não concordo com ela. Como essa questão de interesses por trás premiações é tenebrosa, provavelmente vamos ficar discutindo sobre hipóteses vagas.
Sobre o Democrata, fico devendo um post para discussão - em breve!

roberto zullino disse...

Não sou contra a preservação de nada, desde que seja feito de forma correta e mantendo a verdade dos fatos.
Essa é a obrigação de quem se dispõe a preservar seja ele quem for. Somos bons até o nosso último ato. Ninguém é credenciado a nada.
O Democrata está sendo pintado como uma vítima de interesses, o que não é verdade, o projeto não ficaria de pé nem com mil vezes o dinheiro torrado. O uso de fibra e mecânica italiana sofisticada já indicava a sua inviabilidade, mas isso era detalhe, o negócio era percorrer o país buscando troux..., digo investidores, humildes de preferência.
O Democrata não é ícone de fracasso algum, muito ao contrário, ele é um ícone do sucesso, se é que você me entende.
Não li o livro, ao ler o resumo já larguei de lado, não gosto muito de obras de ficção.

Tohmé disse...

Fico até com vergonha de falar que acho um tesão, por causa dos ranzinzas acima....he, he

Arthur Jacon disse...

Lamento profundamente os comentários contendo insensatas suspeitas levantadas contra o Dr. Roberto Nasser Roberto Nasser, jornalista, advogado, antigomobilista, curador e incansável mantenedor do Museu do Automóvel de Brasília, criador da legislação da placa preta para carros de coleção. Muito triste ler tais coisas em seu extraordinário blog, Luís.

roberto zullino disse...

estou pouco ligando, não fiz o julgamento de ninguém que sequer conheço, apenas coloquei fatos:

1-ter carro premiado em concurso sem ter rodas e volante originais, inclusive gerando reclamação do público. que não aceitasse o prêmio.
para mulher de césar não basta apenas ser honesta, tem que parecer honesta.

2-o livro sobre o Democrata insinuando que o mesmo e seu idealizador foram vítimas de complô do governo e das montadoras, o que não é verdade, as vítimas foram os investidores. as loas que tece sobre o aborto de carro são risíveis, o carro era copiado do Corvair, o tal unsafe at any speed do Ralf Nader. Tudo de qualquer jeito e com tecnologia mal definida. Montar um carro assim até eu faço, como já fiz, não é símbolo de engenharia alguma e tampouco de indústria, no máximo de oficina.

todos temos pontos negativos e positivos, mas devemos ser julgados pelos dois, ou seja, pelo conjunto da obra.

parece-me que aqui estão apenas pegando os pontos positivos.

Arthur Jacon disse...

Luís, é verdade que o blog tem por objetivo apresentar informações sobre carros, e não pessoas.
Mas, diante da desinformação de alguns, que tal um post em homenagem ao Nasser, grande curador da memória automobilística brasileira?

roberto zullino disse...

Como consta no brasão inglês: honi soit qui mal y pense, mal traduzindo, a maldade está em quem lê e não em quem escreve.

Não fiz nenhum juízo de valor da pessoa.

Apenas coloquei os fatos, se não gostou diga que o que coloquei é mentira e prove. O primeiro fato foi informado pelo próprio dotô que foi testemunha e acredito nele, o segundo foi informado por mim mesmo com base em toda a história que vi do Democrata, ninguém me contou, eu vi.

Não tenho nada contra se fazer um post ao Nasser, evidentemente ele tem qualidades, o que não me impede de criticá-lo. A pessoas são assim mesmo, com defeitos e qualidades.

Caracterizar alguém de desinformado sem dar nenhum argumento além da própria vontade é técnica nazista, mais manjado que andar para frente e mais feio que encoxar a mãe no tanque.

Luís Augusto disse...

Amigos, coloquemos algumas coisas no lugar:
- O que foi questionado pelo M no primeiro comentário foi a premiação do veículo em questão em um evento ocorrido há 4 anos, o que me parece absolutamente pertinente considerando critérios como raridade, relavânica e estado de conservação e originalidade do modelo. O público realmente reagiu com surpresa e comentários debochados quando o prêmio foi anunciado no evento.
- Houve uma insinuação a respeito de segundas intenções por trás da premiação, com o que a maioria dos leitores, acredito, não concordou. O autor deste blog se posicionou de maneira clara a respeito ("Não acredito que o Nasser tenha exigido qualquer tipo de premiação para valorizar o seu carro") e o Zullino, que levantou a insinuação também ("... que não aceitasse o prêmio"). Não houve qualquer adjetivação ao proprietário do carro.
- A discussão derivou para a história do Democrata, talvez a mais polêmica e misteriosa da indústria brasileira dos anos 60. Cada um faz dela o juízo que quiser e qualquer opinião será sempre enviesada porque não há dados suficientes para remontar a história da Ibap. Assisti a uma palestra do Dr. Nelson Fernandes (organizada pelo Nasser) e preferi acolher o seu ponto de vista, tema para um próximo post.

Arthur Jacon disse...

Zullino,

Foi você que disse que não conhecia o Nasser ("não fiz o julgamento de ninguém que sequer conheço").
Quem me deu argumentos foi você.

roberto zullino disse...

Exatamente, não conheço na plenitude, mas o que conheço não o recomenda e já detalhei os dois fatos.

Por isso, acho que o dotô deveria detalhar mais o personagem para que se tenha o panorama do mesmo.

Isso é muito diferente do que você fez, quer por que quer que aceitemos a sua avaliação da pessoa e quando não consegue fica chamando os outros de desinformados tentando desqualificar o interlocutor, isso é apenas uma técnica nazista manjada e comigo não pega.

Se você não notou, eu jamais qualifico quem quer que seja e muito menos as opiniões, pelo menos diretamente.

Luís Augusto disse...

Hehehe, não cabe a mim detalhar ninguém em um blog; me inclua fora dessa.

Arthur Jacon disse...

Não quero que você aceite nada. Devolvo para você o lema escrito no brasão inglês.

roberto zullino disse...

Não vejo problema algum em homenagear o Nasser, eu mesmo posso fazer isso no meu blog.
Apesar de fatos na minha opinião de certa forma desabonadores, um por aceitar um premio imerecido e outro por escrever um livro não aderente ao que vi acontecer, não acredito que ele seja um maldito como o Arruda, apesar de morar em BSB. Muito ao contrário, o Nasser deve ter seus méritos e os mesmos tem que ser conhecidos.
Mande-me o material que eu escrevo um post no meu blog, serei justo, colocarei o conjunto da obra, os prós e os contras. certamente o "homenageado" se sairá bem.
Evidentemente, como não tem apenas pontos positivos não será canonizado como algumas beatas desejariam, convenhamos nos tempos de hoje uma coisa menor.
O que interessa é o homem e suas circunstâncias.

M disse...

Resumindo:
1.- A "coisa" não merecia prêmio ! Não deveria nem estar presente no evento. Não é brazil e menos ainda clássico.
2.- Democrata = fraude ! Ninguém conseguiria fabricar em linha aquele remendão de automóvel.
Só um bairrista-desinformado para acreditar que a Presidente foi "torpedeada" pelos estrangeiros.
E na mesma linha vem a Gurgel: morreu pela sua própria incompetência !

roberto zullino disse...

Vi um Democrata de novo, o número 1, o único que andava e com o motor italiano. O carro é uma piada, só de olhar de longe é isso que o M falou. De perto aumenta a raiva.
Achar que a merda poderia ser fabricada ao preço prometido é um insulto à inteligência de qualquer pessoa.
É feio, mal feito, uma colcha de retalhos, uma obra de oficina mecânica e nunca de indústria.

Tratores Antigos disse...

Bom, sendo esse carro raro ou não no Brasil, eu conheço outro exemplar no estado do Paraná, em perfeitas condições!