Com a reestilização da linha Dodge em 1979, o Charger, que vinha muito desgastado por causa da imagem de beberrão em tempos de histeria coletiva por causa do preço da gasolina, perdeu o posto de maior prestígio na família para o sofisticado Magnum. Oferecido com combinações extravagantes de pintura naquele ano, o esportivo não teve grande aceitação pela crítica e a Chrysler acabou simplificando o modelo no ano seguinte, que perdeu a pintura em dois tons e o acabamento gradeado da janela traseira, chamado então de Opera-Windows; os prolongamentos da coluna C já haviam desaparecido em 1979. As rodas de alumínio foram mantidas. O resultado foi um modelo excessivamente sóbrio para um veículo de pretensões esportivas, a materialização do lacônico fim daquele que, em seu auge, foi o carro mais desejado do Brasil, e vendeu apenas 19 unidades em 1980, ano da despedida. Um deles é este da foto, que eu tive o prazer de conhecer de perto no Brazil Classics 2006, e pertence ao Alexandre Badolato, autor de uma excelente obra sobre os Dodges nacionais que inaugurou seu blog sobre o tema recentemente.
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
19 comentários:
O dotô voltou, mas tinha que ter feito um post com algum carro decente, não essa carroça terminal.
Pelo menos um MGB básico, mas aguardemos.
Luís,
Eu estava para falar que o Zullino e o M. não iam gostar muito deste carro "desatualizado" e terceiro mundista. Não deu tempo.
Bom... eu gostiu!
Hehehe, o Zullino é mal-humorado, mas gosta das "carroças" que aparecem por aqui. Aliás, acho que ele gosta mais do que todo mundo mas não dá o braço a torcer!
Independentemente das limitações já discutidas em outros posts, dirigir um Dodge V8 é um grande prazer por razões que transcendem argumentos objetivos como potência e desempenho. Como coinasseur que é, tenho certeza que ele sabe do que estou falando.
Ops, connaisseur!
Uau... que raridade... deve ser filho único, pelo jeito...
Se tivesse que escolher um Dodge, seria o espatrano SE com bancos xadres, de padrão britanico.
Minha escolha seria o 4 portas 69/70, ainda com o 318 americano.
Este é cheio de rapapés ! Feínho, feínho...
De luxo, só tem frizinhos. Pega trouxa !
Dos Dodges o único que ainda acho melhor é o primeiro Dart Coupê. Suas linhas são as originais e pode-se dizer que é um carro bonito.
O resto que veio após foi só colocação mal feita de penduricallhos e frisos, transformando as linhas puras do Dart em um boudoir de puta, são um monumento ao mau gosto.
Não acho os Dodges nacionais de mau gosto. Mesmo o Charger 79, que ficou meio over, tinha sua classe. Mas os primeiros são realmente os mais bonitos.
Acho que o título de boudoir de puta no. 1 do Brasil deveria ir para o Santana Executivo, com seus penduricalhos e rodas douradas.
A Blazer Executive tb tem rodas doiradas ! Na mesma linha...
Nossa Luís, achava e acho esse Santanão lindo! E andava muito! As rodas eram BBS alemãs, com o mesmo desenho das que que equiparam o primeiro BMW M3 E30. Luís, como especialista, me diga: meu problema tem cura? Ou é só mau gosto mesmo?
Arthur, em tb achava esse Santana lindo, até porque meu pai tinha um GLS 89 na época e o Executivo era um possível upgrade.
Entretanto, lembrei dele como exemplo porque vi um outro dia, até bem conservadinho, e achei totalmente desarmônico.
Acho que não é à toa que esses carros estão praticamente extintos, devem ter sido descaraterizados para disfarçar o visual over.
Óia um dos meus filhotes aqui ! Essa foto já vai fazer 4 anos, foi em Araxá 2006 ...
1.300 km com o Charger, SP-Araxá-SP ...
De lá para cá rele deve ter rodado mais uns 500 km ... :)
ô delícia que é por carro velho na estrada ...
Abraços,
Badolato
Oi Alexandre, bem vindo!
Parabéns pelo novo blog!
Devem ter tentado molestar o Zullino dentro de um Dodge, só pode ser...
Dar as costas (sem trocadilhos infames) ao mais belo e primoroso automóvel fabricado por aqui, é o mesmo que criticar o "American Way of life" lanchando na Pizza Hut...
Elogio em boca própria é vitupério, o Celso Lamas para quem não sabe trabalhou no dept de estilo da Chrysler.
Sem querer desmerecer o trabalho, eu pessoalemente não gosto do empetecamento do carro, gosto do Dart original.
Zullino, salvo melhor juízo, o Celso Lamas já é falecido há muito tempo. Convido ao distinto leitor a postar com outro nick para não lançar a Memória desse grande estilista da indústria nacional em discussões mais acaloradas.
Para mim tanto faz como tanto fez, só sei que a única coisa que fizeram foi empetecar o Dart com maquiagens no estilo de casa de tolerância.
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