domingo, 13 de julho de 2008

O GT BRASILEIRO

Não, não estamos falando do Vectra GT, um arremedo do Astra alemão com portas traseiras despropor-cionalmente menores que as dianteiras, motor de Monza e um “moderno” GPS encarapitado no painel em perfeita desarmonia com o resto do conjunto. O nosso verdadeiro Grand Tourer surgiu ainda nos anos 60, quando a Brasinca desenvolveu um chassi tubular, revestiu-o com uma carroceria desenvolvida com ajuda de túnel de vento e colocou um motor Chevrolet 261 envenenado por comando Iskanderian e três carburadores ingleses SU. Pouco mais de setenta exemplares foram construídos porque, já naquela época, canetadas do governo inviabilizavam projetos do dia para a noite (como aconteceria com o Aurora 220 uns 25 anos depois, por exemplo) e, de repente, o Brasinca 4200 GT ou Uirapuru ficou mais caro do que um Corvette. De qualquer forma, para quem não sabe, foi o carro nacional de série mais veloz até o aparecimento do Omega em 1993, superando os 200 km/h. O exemplar da foto possui uma história curiosa que, qualquer dia desses, eu conto. Em tempo: alguém aí diria que foi a beldade azul em segundo plano quem cedeu o trem de força que equipa o Brasinca?

Nenhum comentário: