quinta-feira, 31 de maio de 2012

SANGUE AZUL - 2

Que me desculpem os amantes dos sedãs alemães de altíssimo desempenho das divisões especiais de marcas de luxo, mas, mais uma vez, é da Itália que vem o mais charmoso representante de uma nobre casta automotiva. Talvez por ter sido marcada pelo aparente contra-senso de preparar carros minúsculos e de desempenho modesto para competir - e vencer - nos anos de ouro do automobilismo europeu, a empresa fundada pelo austríaco Karl Abarth em 1949 sempre teve a simpatia do público, que se divertia em ver pequenos Fiats envenenados batendo adversários renomados, como Porsche e Ferrari, na categoria entre 850 e 2000 cc. Enquanto foi independente, a preparadora também esteve intimamente ligada à Simca que, antes de ser absorvida pela Ford, produzia basicamente veículos Fiat sob licença na França. Adquirida pelo gigante piemontês em 1971, a Abarth se tornou a divisão esportiva do grupo e teve uma carreira meio errática nos anos 80 e 90, tendo seu belo logo sido estampado em veículos de sangue não tão azul, como o Stilo com motor de Marea que chegou a ser produzido no Brasil. Entretanto, o surgimento dos Punto e 500 com roupa de guerra e sofisticação mecânica à altura das tradições da marca deram mostras de que o escorpião italiano está longe de morrer.

8 comentários:

Mauricio Morais disse...

Concordo Herr Doctor. a Abarth de ourttora era Hors Concours.

Luís Augusto disse...

Oi Maurício, bom te ver de volta!

regi nat rock disse...

um Logo belíssimo, assim como o da BL abaixo, mas o que representa Vello Cittá,num carro de alto desempenho he he, é um cavalino rampante.

A turba dos fuscones tem um logo muito bonito também, mas é daí?

O Touro tb é bonito mas só demonstra força (discutível) com aquelas perninhas traseiras fininhas. O Leão é outro que com sua juba dourada e urro devastador, é outro com a "bundinha" caída.

Luís Augusto disse...

Regi, o Cavallino faz parte dessa estirpe, pois era uma divisão esportiva da Alfa Romeo! O resto é resto.

regi nat rock disse...

é vero, mas o que se destaca dentre todos, sem querer ser dono da verdade, o que não sou, e o que SEMPRE é motivo para noticias, boas ou não é sempre uma FERRARI.

Luís Augusto disse...

Mas as Ferrari atuais não tem mais nada do carisma que quero descrever nesta seção. São apenas instrumentos de exibição de dinheiro ou, como bem definiu o Zullino, ferramentas para mostrar quem tem o pinto maior (ou menor, dependendo do enfoque...).
Quanto às clássicas, concordo inteiramente com vc.

Francisco J.Pellegrino disse...

Lindo demais este logo....

Anônimo disse...

80 e 90 teve coisas boa sim...

Se não me engano os Uno Turbo KI e MKII europeus tinham dedinho da Abarth...