quarta-feira, 2 de maio de 2012

ÁGUAS DE LINDÓIA 2012 - CHOVENDO NO MOLHADO



Todo ano é a mesma coisa: falta de estrutura para receber os visitantes, trânsito caótico, hotelaria abaixo da crítica e o gramado da Praça Adhemar de Barros parecendo um brejo depois da chuva, que costuma marcar presença no Encontro Paulista. Mas, o que chamou mesmo a atenção foi a perda de importância do encontro em si, que pareceu apenas um pretexto para o movimentado comércio no entorno, que atraiu muito mais gente do que a exposição. Até aí, tudo bem, nada contra, mas um olhar mais atento pôde perceber um certo descaso da organização para com os colecionadores que se aventuraram a colocar suas relíquias em condições tão adversas para fazer o evento acontecer. Carros amontoados, muitas vezes deslocados em meio a modelos de outras marcas (havia Opalas no meio de VW a ar, Dodges entre Bel Airs, entre outros), alternados com enormes áreas vazias (era triste ver um Datsun 280 solitário no espaço habitualmente ocupado por 15 ou 20 Chevys dos 50's e 60's nos eventos anteriores) apontam que o pessoal vai acabar desanimando. Como já disseram antes, Lindóia está perdendo o charme, ficando, cada vez mais, com cara de feirão, uma pena. Mas em meio a tanta coisa para reclamar, muita coisa boa deu as caras no Encontro Paulista, como esse Talbot Phaeton 1923. A Talbot surgiu na França em 1903 e, ao longo da sua conturbada história, esteve associada a diversas marcas, como Chrysler e Peugeot, tendo experimentado o apogeu nos anos 30, com seus magníficos Streamliners Talbot Lago. O modelo da foto é do período em que a marca francesa esteve associada tanto à britânica Sunbean quanto à também francesa Darracq. Não sei se levou o Best of Show, mas foi o clássico que mais chamou a atenção no evento.

7 comentários:

Rafael Ribeiro disse...

Ainda não fui ao evento de Lindóia, quase fui esse ano, mas diante da chuva, nem me lamento. Do seu ponto de vista, qual é o melhor evento do tipo no Brasil hoje?

Francisco J.Pellegrino disse...

Luis, chuva não tem jeito. Descaso com o visitante é normal por lá. Feirão dos badulaques vai acontecer sempre num evento desta dimensão. A cidade não comporta fisicamente o encontro, com muita sinceridade é evento para cidade com rede hoteleira e espaço suficientes para abrigar tanta gente e tantos automóveis.
Tentei arrastar o M para lá, se negou a entrar no carro !

Belair disse...

Aguardemos,com a ansiedade de sempre,o delicado comentario do Mestre Zullino.
As constatacoes do Doutor certamente provocarao uma "defesa" veemente do Mestre,huahahaha.

Fernando disse...

Eu não vou mais cansei,é sempre a mesma coisa tem que pagar para estacionar uma fila enorme para comer e tem que tomar a cerveja que eles querem.Enfim uma mesmice.

Luís Augusto disse...

Chicõ, não tenho nada contra o comércio, inclusive comprei um monte de coisa lá, mas é constrangedor notar que ele superou a importância da exposição. Deveriam mudar o nome de encontro paulista para feira paulista. Rafael, estou tendendo a gostar de encontros menores e mais concentrados em uma única marca, como o Blue Cloud e o Mopar. Araxá é muito bom, mas fica mais caros do que uma viagem para os USA. Belair, o Zullino não frequenta mais blogs, o negócio dele é FB.

Guilherme da Costa Gomes disse...

Pelo o que soube da história, o Talbot foi recuperado a partir da sucata. É uma joia da acervo brasileiro (com receio de que seria/será enviado à França...). Não encontrei parâmetros no google para compará-lo, eu queria saber da cor do carro, da capota, desse parachoque traseiro e das lanternas. Farol torto, com certeza não é de fábrica. O "The Best" eu daria para o Lincoln 3 Windown, mas o Talbot não poderia sair sem prêmio, é claro.
Outro Talbot no Brasil está no Museu Roberto Lee, em Caçapava.

Luís Augusto disse...

Guilherme, soube que o Best foi o Graham Paige que era do Og.