terça-feira, 5 de janeiro de 2010

CAROÇO DE MANGA


Era este o apelido dado pelos operários da Volkswagen ao Karmann Ghia, graças, obviamente, ao bico arredondado. Quem contou foi o meu tio Ildeu, veterano do setor de lanternagem da concessionária Mila aqui de BH e que, nos bons tempos, foi fazer curso de estanho na fábrica do pequeno esportivo e guardou, além de diversos manuais de fábrica, ótimas histórias dos anos de ouro da nossa indústria automotiva. Sobre o modelo da foto, ele esteve no Brazil Classics 2006; a pintura saia-e-blusa e as rodas fechadas fazem crer que seja um modelo 62 ou 63, já que as rodas perfuradas, iguais às do Fusca 67 em diante, saíram na segunda série de 1964 do KG; o padrão de pintura durou um pouco mais e foi saindo gradativamente do catálogo até desaparecer em 1967.

15 comentários:

roberto zullino disse...

Meu irmão teve uns três ou quatro, é um bom carro para passear, rabeia mais que o fusca e entra água desde novo. Nas freadas é aquele banho nos pés. Tirando isso é uma das carrocerias mais bonitas que existiram e é muito gostoso de viajar, vai até a china sem fazer nada.

Felipão disse...

esse modelo dava um banho no seu sucessor...

Alysson Prado "Balo" disse...

Deveriam fazer uma reeleitura do Karmann Ghia, um dos mais belos antológicos esportivos que já existiu.

roberto zullino disse...

Não acho que esse modelo seja melhor que o último, na minha opinão o mais bonito e equilibrado e com desempenho melhor com o motor 1500. No último sairam esses parachoques que viviam tortos, as lanternas traseiras era maiores. O único defeito é que a trava e a chave eram no câmbio, muito antes da Multilock, mas era desconfortável ligar o carro. Depois de algum tempo devem ter retirado.

roberto zullino disse...

Além disso, o último já vinha com freios a disco, bitolas maiores, motor mais forte, era um belo carro e andaria bem nos dias de hoje.

Guilherme da Costa Gomes disse...

Os primeiros Karmann são muito mais românticos! ainda mais em dois tons e com essas faixa-braca larga... E o KG fechado é pra mim muito mais simpático que o conversível, apesar deste ser mais raro e valorizado.

Luís Augusto disse...

Zullino, os últimos vinham também com quebra-vento, uma exi~gência do mercado da época. O modelo que eu elegeria seria o 67, já com o motor 1500 mas ainda com características dos pioneiros, como as lanternas traseiras pequenas.

Luís Augusto disse...

Guilherme, concordo com vc, o desenho do fechado é muito mais harmonioso.

M disse...

NÃO ! 67 era 6 volts !
Fique com o 68 ou 69, mas coloque um motorzinho 1.6, senão os caminhões te atropelam na estrada...

M disse...

Zuzu,
Só entrava água no seu, provavelmente comprado de 3a. mão, daqueles que cairam do caminhão.
Minha mãe teve 3. O primeiro foi um 58 alemão, depois um 64 (branco lotus c/ teto preto) e por último um 70 (verde).
Em nenhum deles entrava água !
Nem mesmo quando chovia !

roberto zullino disse...

Mamá,
a sua mãe como era bondosa sempre mentiu para você quando era perguntada porque tanta água dentro do KG. ela deveria dizer que era apenas as lágrimas de alegria por ter você com pimpolho.
Em casa teve um 63, um 65, um 67 e um 70 já 1500, todos comprados novos na Jewa da brigadeiro e em todos entrava água, o 63 era o pior, mas o 70 também entrava. Entrava água pela junção do vidro com o vidro traseiro, sei porque coloquei uma fita adesiva larga só para ver e quase não entrou água. Pela flexão do chassis entrava água também.

roberto zullino disse...

O 70 com motor 1500 andava muito bem, tinha freio a disco, bitolas maiores, quebra vento, era um excelente carro.
Pena que ficou submerso em uma praia na Rio Santos.
Fui buscar com o Mercury, reboquei e levei no posto e lavei o carro com o esguicho, inclusive dentro do motor e câmbio, tirei as tampas de válvulas e mandei água em tudo, até no estofamento, painel, dentro do capô, tudo. Fiz isso em um posto da piaçaguera. Sequei, pus óleos novos e reboquei com o Mercury com meu pai no KG em quarta sem o motor funcionar só girando.
Depois de uns km pegaram dois cilindros, mais outros pegaram os outros dois e normalizou. Desengatamos e o KG veio embora. Meu irmão que era o dono e o que fez a besteira não teve a menor dúvida em vender o carro a um conhecido de quem ele não gostava muito. Depois de seis meses tinha buracos de ferrugem em todo o carro. Alguns dava para passar a mão inteira.

Luís Augusto disse...

Hehehe, só espero que o tal conhecido não nos leia!

M disse...

Zuzu e o alemão já estão prá lá de Bagdá...
O 70 é 1600 (leia MIL E SEISCENTOS) com 1 carburador só.
Os 1500 foram os 1967 (6V), 1968 e 1969.

O pobrema maior do KG sempre foi a ventilação interna !
Era só ameaçar chuva que a josta embaçava !
Sem ventilador e sem vidro térmico, a saida era deixar os vidros um pouco abertos.
Aí entrava mesmo um pouco d'água !
Mas se não fosse assim, era impossível de andar !

roberto zullino disse...

nem lembrava que era 1600, tem certeza? sempre achei que o 70 era 1500.
que tinha um carburador eu lembro, tirei a porca de dreno e meti água em tudo. depois enfiei o ar e ficou ok.
era um bom carro esse último, poderia andar com ele normalmente hoje em dia.
a água também entrava por baixo, nos 4.