O comentário do M no post anterior deve ter deixado os entusiastas dos modelos vintage curiosos; afinal, sabia-se da existência de apenas dois Daimler clássicos no Brasil, o Sedanca 1939 abaixo e este Daimler Six 1921, fotografado no Brazil Classics 2004 ainda com câmera de filme. Vencedor do Troféu FIVA naquela ocasião, ele era um forte candidato ao título de Best of Show, mas acabou preterido pelo Cadillac V12 Town Car 1935 no prêmio máximo do evento. A razão para tamanha importância em meio a tantos outros vintages de nobre estirpe (e preço nas alturas) está no motor de camisas deslizantes que, acionadas por árvore de comando, abriam janelas nas paredes dos cilindros, como em um dois-tempos, dispensando o sistema normal de válvulas normalmente exigido em um motor de ciclo Otto. Esse sistema, criado por Charles Knight (daí o automóvel acima ser também conhecido como Daimler-Knight) possibilitava melhor potência específica, tendo sido adotado também em larga escala pela Willys e em menor grau por diversos outros fabricantes. Entretanto, o consumo de óleo elevado e a durabilidade inferior acabaram determinando seu desuso, como ocorreria com os motores rotativos - que também dispensavam válvulas convencionais e tinham grande potência específica - cerca de cinqüenta anos depois.
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
10 comentários:
Luís, também tínhamos um caminhão Daimler 1909 ( http://3.bp.blogspot.com/_AV-RS4GKu2o/TDUM-aE2tuI/AAAAAAAAHHQ/XoTJ04Er0Yc/s1600/1SAA+OBaldoni+AVA07.bmp ) mas parece que foi exportado...
Dotô,
Este carro parece igual !
Pelo que lembro, o parabrisas do 22 é mais baixo !
Preciso ir atrás deste carro ! Meu amigo faleceu há uns 2 meses. Vou perguntar para o filho dele o que pretendem fazer com a josta !
M, em 2004 esse carro era absolutamente perfeito e era aí de SP. Se o filho do seu amigo quiser mandar uma fotinha a gente agradece....
Na foto não dá pra ver, mas se a direção é do lado direito (muito provável) tropecei com esse carro a uns bons 10/15 anos atrás em plena 23 de maio num sabado a tarde. Com um casal de velhos com boa estampa, ele meio magrinho e sorridente e a senhorinha bem composta. Uma imagem absolutamente surreal. O carro era tão, tão, tão... exuberante, que simplesmente, não deu pra esquecer.
Ô Regi, dá pra ver claramente que a direção é do lado direito! E não deve ter outro desses no Brasil. De qualquer forma, a aposentadoria do simpático casal está garantida: estima-se que esse modelo bata na casa dos 7 dígitos - de verdinhas!
pois é Dotô...a anta aqui, çisqueceu-se de clicar na foto pra ampliar...e o óclis tinha ficado no carro.
De qualquer forma, creio que a aposentadoria será (está sendo) usufruída pelos herdeiros. O casal já andava pelos 70, creio eu. Incrível mesmo é a "foto" mental desses 200/300 metros quando acompanhei o lindão.
A pergunta que não se cala: O Daimler branca ainda está no Brasil? Nunca mais vi este carro e, tampouco, soube de seu paradeiro.
E, quanto a este preto, M? Será que se trata do mesmo carrinho?
João Simonetti.
João, muito difícil se tratar do mesmo. Esse branco estava impecável e não haveria porque pintá-lo de novo.
Luis, em se tratando de pintura, há vários exemplos de carros trocados de cor, como a MB 1933 série "K" do N.R.
Este carro não foi vendido para o exterior?
A propósito, caríssimos mineiros, vocês conseguem fotos do Delahaye coupe que está exposto no museu de Tiradentes? Modelo raro, de direção na esquerda, que foi parte do acervo de Roberto Lee, embora nunca restaurado até então. Foi um dos "sumidos" do galpão da capela, há 7 anos atrás, junto do Thornycroft, Tatra 1961 dentro outros.
João Simonetti
João, nunca mais tive notícias desse carro desde 2004. Tenho umas fotos do Museu de Tiradentes, vou procurar o Delahaye. O Mercedes trocou mesmo de cor, tem foto das duas pinturas aqui no blog.
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