Quase sempre derivadas de sedãs familiares, as peruas costumam ser desprezadas na posteridade em favor de versões de carroceria vistas como mais atraentes pela maioria dos entusiastas. Mas, claro, há exceções e creio que não haverá muita polêmica em relação ao trio apresentado aqui. A primeira é a Chevrolet Nomad de 1955, que, diferentemente das demais Station-Wagons americanas, derivava de um coupé hardtop e teve o desenho insiprado em um dream-car cuja proposta era a de uma versão perua para a primeira geração do Corvette. Com ampla área envidraçada e acabamento de categoria superior visto no Bel Air, a Nomad é hoje tida como uma das mais desejaveis versões de carroceria dos chamados Tri-Chevy ou The hot ones (1955-57). De 1958 em diante, o nome passou a designar qualquer perua grande da linha Chevrolet. Se os americanos não levaram adiante o projeto de uma perua derivada de um GT como o Corvette, preferindo aplicar o conceito ao seu full-size, os suecos levaram a idéia a cabo com a Volvo 1800 ES de 1972-74. Derivada do belo coupé P1800, ela teve design tão marcante que sua traseira serviu de inspiração para o atual C30 da marca; vale dizer que seu desenho é genuinamente sueco, tendo vencido um projeto proposto pela Frua italiana. E, finalmente, a apaixonante Audi RS2, nascida a partir de uma colaboração com a Porsche e produzida sobre a plataforma da Avant A80, apenas em 1994-95. Seu exclusivo cinco-cilindros 20V turbocomprimido com 310 cv, associado à tração quattro, câmbio de seis marchas e freios Brembo, lhe davam o mesmo desempenho dos cupês esportivos da época e ela já tem status - e preço - de clássico, atualmente. Se for no azul Bugatti, como a da foto, então, deve valer ainda mais! Menção honrosa aqui ao Brasinca Gavião, a shooting-brake derivada do Uirapuru que desapareceu do mapa...
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
12 comentários:
Disparado a Nomad de 55 dá um banho nessas duas outras.
Romeu
Ahhhh sabia que a Audi estaria aí... Maravilhosa!
Boas escolhas... endosso o voto do Romeu e incluiria as Nomads 56 e 57 no pacote.
Como menção honrosa, meu voto vai para a versão perua (ou break, como diriam os franceses) dos Citroëns DS e ID.
Das 3, a Audi ganha. Andava junto com os 964/993 da época.
Gosto da Nomad 55.
Mas gosto das kombis da MB e BMW tb.
Nem falo das 3 escolhas. São absolutamente válidas.
Vou comentar do Gavião que eu vi " ao vivo" no salão do automóvel, 1965? 1966?, não lembro, mas o charme era o comentário a respeito das duas metralhadoras embutidas no capô que de armas, não tinham nada. Era só festim imitando. Mas, impressionava. Ano passado em Passo Fundo, eu e o Zuzu em conversa com o Azambuja (grande colecionador, amigo do Paulo Trevisan que nos ciceroneou na visita) engatamos uma conversa a respeito da traseira do Gavião, pois não existe uma ÚNICA mísera foto mostrando como era. Eu e o Zuzu comentamos do que lembrava-mos, pois o Azambuja achava que tinha os escombros da dita em sua oficina. Não era. Mas estava decidido a recria-la. Eu falei do que lembrava (maca, cx de primeiros socorros (de madeira branca com a cruz vermelha em destaque), pá, corda, extintor grandão , essas coisas e que ficavam na parte de trás; mas como era o vidro ou as lanternas? sem chance; "vejo" mas não lembro) E tb das vezes em que tropecei com a bruta na via Anchieta onde ficava garbosamente estacionada, ou então, na entrada da ponte Pensil em São Vicente.
Linda de gemer se querem saber. Que fim levou? mistéééééério....
A Nomad para os desfiles e a Audi para acelerar.....
Regi, que beleza de história! E como anda a recriação dos Azambuja?
Francamente não sei 'dotô'. É o tipo de coisa que, se terminarem a recriação, ficará capenga. Ainda assim, valerá pelo esforço. Falei com um monte de pessoas que tiveram algum contato com o Gavião pra tentar encontrar alguma imagem para ajudar. Sem chance, pois ninguém tinha nada a ofertar. Até na série do Vigilante Rodoviario andei passeando pois foi protagonista em uns dois filmes da série mas só foi filmada de frente. Que coisa né? Sou alucinado pelo Uirapurú, apesar da mecânica pra lá de sofrível. Motor de caminhão não casa com carro esporte pô! rsrsr. Quando apareceu, causou furor e um impacto tão grande pois era diferente de qualquer coisa que era feita por aqui. Ainda hoje, em qualquer exposição de antigos, suas linhas impactam. Se tiver oportunidade, vale a pena a visita. A coleção é enorme, eclética e muito bem cuidada.
O mais interessante deles deve ser o Ibap Democrata!
Quem sabe tudo do Democrata é o Zuzu. E, pra variar, nao alisa...
Só recordo das caravanas atrás dos incautos que embarcaram na idéia. Também fui ver, todo mundo ia, pois era novidade e naquela época qualquer coisa pra sair da rotina era bem vinda. Estavam na carroceria de um FENEME e me pareceram lindos. Em Santo André tem umas carrocerias jogadas num quintal. O Chicão maloca, conhece a história .
A RS2 está na minha wish list!! Perdi uma azul nogaro, revisadíssima, de um amigo, por R$65.000. Tinha comprado a 300E 24v na época. =(
Abraço!
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