quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

HÁ VAGAS # 11 - O CLÁSSICO DO DIA-A-DIA

O último post sobre os importados dos anos 90 que podem ser comprados hoje a preço de banana fez aparecerem algumas sugestões interessantes sobre qual seria o modelo mais atrente nessa faixa. Candidatos como Subaru SVX e Citroën XM chamaram a atenção, mas minha escolha reciairia em um sedã apto a ser usado no cotidiano com manutenção viável para médias anuais de 15 a 20 mil km. Mercedes 190E, BMW 325, Alfa 155, Audi 80 e Volvo S40 aparecem como candidatos naturais, sendo o sueco descartado logo de cara pelo desempenho sofrível do seu quatro cilindros 2.0 e pela plataforma mais genérica, a mesma do Mitsubishi Carisma; a Alfa e o BMW têm estilo excessivamente datado, enquanto o Mercedes parece uma escolha óbvia demais. Restou o belíssimo Audi 80 com seu pequeno V6 de 2.6 litros e 150 cv líquidos, verdadeiro sonho de consumo da classe média alta em 1994, quando Ayrton Senna assumiu a representação da marca no Brasil e passou a promover o sedã. Comparar sua performance com a dos rivais alemães e italiano seria exercício inútil, já que todos se mostram perfeitos para as exigências de motoristas sem dotes de piloto, como este que vos escreve (o único desses que nunca dirigi foi a Alfa 155), apesar de que a tração dianteira marca pontos contra o sedã de Ingolstadt frente os rivais de Munique e Stuttgart. Entretanto, seu estilo esportivo e ainda atual (reparem como o habitáculo estreito remete ao Fiat Linea), que carrega algo do carisma dos imbatíveis Audi quattro do WRC, aliado ao acabamento tão impecável quanto o do 190E, são suficientes para balizar meu voto, junto com um dos comerciais mais bem-bolados da história. Nada mal para uma linhagem surgida no final dos anos 60 como um Passat mais refinado e que ganhou plataforma independente de 1991 a 1995 até ceder lugar ao A4, que voltou a ser pouco mais do que um Passat com 4 argolas na grade (ou um Skoda, ou um Seat, como quiserem...). Ficaria bem junto com as outras peças da coleção. Agora, se eu teria sangue-frio para usá-lo no cotidiano, sujeito a portadas, amassadinhos e arranhões, é outra história...

5 comentários:

Museu do Dodge disse...

Meu carro de uso diário é um Chrysler 300M 1999 e eu não troco por nada ... Já está com 132.000 km e é forte como um V8 antigo ... Aliás, há algum tempo atrás, deu um pau num R/T 74 de um amigo que até hoje ele está tentando entender ... :)

Abraços,
Badolato

Luís Augusto disse...

Badolato, permita-me uma sugestão para o Museu do Dodge: que tal juntar os exemplares mais expressivos da linha 300? Do 300original ao 300C atual, passando pelo 300C original, o 300G, o 300 sem letra e o próprio 300M?

André Grigorevski disse...

Mais um belo carro que infelizmente não tenho visto mais, e quando vejo, o estado de conservação não é o ideal. Ontem, por acaso, vi um desses. Pintura bem queimada e uns amassados...

Se eu teria um? Ah, o DNA desse carro não me deixaria outra alternativa. Teria um espaço certo ao lado dos primos mais velhos.

Luís Augusto disse...

Hehehe, André, eu SABIA que vc iria aparecer! Volte sempre!

Museu do Dodge disse...

Luís,

A idéia é ótima, mas para concretizá-la eu teria que começar a assaltar bancos ... ha ha ha ... estes carros valem muito ...

Abraços,

Badolato