quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

300 HP

Em 1964, quando John Zachary DeLorean dotou o Pontiac Tempest de uma mecânica nervosa e o batizou com um nome que sugeria esportividade - GTO -, estava sendo inaugurada a era muscle-car, tão cara ao entusiasta da cultura automotiva norte-americana. Entretanto, a tendência já havia sido apontada nove anos antes pela Chrysler com o 300, um elegante cupê baseado no New Yorker que trazia um V8 331 (5.4 litros) de estonteantes 300 hp brutos, um valor mágico para a época, ao qual toda a linhagem deve o nome (para efeito de comparação, o exclusivíssimo Cadillac Eldorado 1953 vinha com 210 hp em um motor do mesmo tamanho). Bem sucedido na Nascar, onde desbancou os fabulosos Hudson Hornet, que se valiam mais do refinamento do projeto de chassis e carroceria do que de um motor brutal, o 300 ditou o conceito de esportividade a ser adotado nos anos seguintes, já que quase todos os modelos "para iniciados" nos EUA passaram a ser derivados de veículos de grande produção que se diferenciavam por configurações de carrocerias de apelo jovial e pela mecânica muito acima das necessidades do motorista comum, tendo feito com que iniciativas de criar puro-sangues, como Corvette e T-Bird - que nasceram antes do 300 - se tornassem exceções em solo americano.

5 comentários:

Luís Augusto disse...

Talvez seja interessante acrescentar que foram feitos apenas 1725 300 no ano de estréia (1955) e que nunca vi esse modelo no Brasil.

roberto zullino disse...

Meu vizinho tem um desse branco, impecável. Há alguns anos ele passou aqui em casa para irmos comprar o vinho do padre e dar uma esquentada no carro.
No final, o carro acabou parando, tinha bolor no distribuidor e ninguém via nada sem óculos. Acamos rebocando com uma Alfa 2300 que acabou ficando sem embreagem.
É só para isso que servem essas merdas, para dar problema na hora que andam, carro de coleçao é tudo uma merda, é pneu que fura, carburador que entope, platinado que cola, freio que também cola e quase sempre estão sem óleo.

Luís Augusto disse...

Um 300 1955 no Brasil?
Bela notícia!

roberto zullino disse...

Um não, deve ter mais um monte, esses carros não eram muito raros na época, mas a maioria virou ferrugem.

Luís Augusto disse...

Falo do 300 1955, um clássico, não de modelos mais genéricos.
Como eu disse , foram menos de 2 mil produzidos.