
Até o final dos anos 50, as divisões da GM - Cadillac, Buick, Pontiac, Oldsmobile e Chevrolet, além das estrangeiras Opel, Holden e Vauxhall - tinham seus departamentos próprios de engenharia e, embora sob o mesmo guarda-chuva corporativo, as plataformas e os trens de força eram individuais de cada marca, sendo raros os casos em que esses componentes fossem intercambiados entre elas. Visando o ganho de escala e o corte de custos, a situação começou a mudar a partir dos anos 60, quando os ótimos V6 da Buick e V8 s
mall-block da Chevrolet passaram a equipar também modelos de outras marcas da corporação, mas esperava-se que a sofisticada linha Cadillac fosse preservada como porta-bandeira da tecnologia de ponta da GM e, no máximo, cedesse seu
know-how para as marcas menos nobres do grupo, mas que jamais aproveitasse algo que já tivesse sido usado em alguma delas. Pois foi justamente o que aconteceu com um dos maiores ícones da marca a partir de 1967, quando a linha Eldorado adotou a plataforma e o sistema de tração dianteira do
Oldsmobile Toronado de 1966, provavelmente na tentativa de amortizar o alto investimento na nova tecnologia, algo que as fracas vendas do Olds jamais conseguiram. Se tal fato pode ter representado um rebaixamento da Cadillac dentro da lógica corporativa da GM, pelo menos os Eldorado 67 em diante (na foto, um modelo 1976 recém-importado), com seus poderosos V8 de até 8.2 litros, podem, de certa forma, ser considerados os precursores dos grandes cupês esportivos de alto desempenho feitos por marcas européias de prestígio a partir da segunda metade dos anos 70, mas o brilho da Cadillac foi lentamente se apagando a partir de então, só voltando a aparecer nos últimos anos com os belos STS e CTS.