Dos 95 DKWs e parentes de dois tempos que participaram do encontro, cerca de 80 estavam em estado bom ou ótimo, uma marca espetacular para qualquer evento de antigos. E desses, cerca de 30 ou 40 estavam em condições de participar de qualquer concurso de elegância do mundo, de modo que ficou difícil selecionar um para este post. Acabei me rendendo ao charme dessa Belcar vermelha 1961, que conserva até o sistema elétrico 6V e foi rodando os 470 km entre BH e Poços de Caldas. Conversando com seu discreto proprietário (que não sei se gostaria de ver seu nome publicado aqui), descobri que é o mesmo do impecável Fiat 147 premiado com o troféu JK no Brazil Classics 2010. Cada vez mais, as coleções de veículos nacionais estão de encher os olhos!
6 comentários:
Carro lindíssimo, mas para ficar perfeito, eu tiraria os pneus radiais...
Guilherme, sinto discordar de você. Esses BF Goodrich radiais são muito elegantes e a faixa branca autêntica lhe dão um charme especial; não agridem o visual do carro. Além disso, já ouvi falar que o desempenho deles é tão ruim (ou até pior) do que o dos diagonais. (rsrsrs)
Então vamos polemizar! A justificativa para se colocar os pneus radiais são sempre a dirigibilidade, que na minha opinião, se esta excessão valer, também vale para um volante com melhor empunhadura, um banco mais confortável, um motor mais eficiente... Ruim mesmo é quando não se encontram as medidas originais no mercado ou, a importação é realmente dispendiosa para quem mantém diversos carros modestamente, caso do meu Gálaxie 69, ainda com os mesmos pneus desde os anos 70 (evito até de tirar dos cavaletes!) ou do Aero, com os pneus numa medida um pouco mais alta da correta. Se não pelo desempenho, nem pela dificuldade (pois os Pirelli dão certinho neles - também acho o Maggion com perfil bonito) não concordo com o uso de radial em carros antigos que saíram apenas com os diagonais. Além do mais, as faixas finas ficaram na moda mais pro meio e fim da década. No caso desta Déka, na minha opinião, pra ficar realmente perfeita e participar de qualquer concurso de elegância no mundo, eu gostaria de ver os pneus diagonais com faixas largas.
Mas caso o proprietário nos leia, receba os meus parabéns pela bela restauração e conservação do carro.
Abraços,
Bem, é um ponto de vista. Nesse caso, entretanto, continuo achando excesso de preciosismo.
A conservação está em ótimo estado. Parece que saiu da fábrica ontem.
O fato é que, infelizmente, esse carro não está adaptado para rodar nas atuais ruas, mas o proprietário está de parabéns.
Caro Gilson, nenhum carro nesse estado está apto a andar nas ruas sem ter sua elegância desmerecida. Tive essa experiência uma vez, quando, durante seis meses, teimei em usar um antigo no cotidiano e só tive desgostos. Um arranhãozinho aqui, um amassadinho ali, um motoboy que esbarra no retrovisor e lá se vai uma restauração perfeita. Mas a Deka aí em cima encarou quase 1000 km de viagem sem maiores problemas, mostrando que, do ponto de vista técnico, está em forma para continuar sendo usada.
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