sábado, 7 de maio de 2011

GT EM TRAJE DE GALA


A partir de meados dos anos 60, parecia não haver dúvidas de que o futuro seria dos carros potentes e velozes, cuja expressão máxima eram as berlinetas de dois lugares das grandes casas européias, obras-primas que figuram hoje na lista dos mais desejados automóveis da história. Para confirmar tal tendência, surgiu, em 1963, o Maserati Quattroporte, primeiro legítimo GT de quatro portas da sua geração, em um fenômeno semelhante ao nascimento dos estupendos Porsche Panamera e Aston Martin Rapide da atualidade. Trazendo o mesmo V8 das Maserati de competição, com quatro comandos de válvula, quatro Weber, cilindrada de 4.2 litros e potência de 256 cv, ele não foi o primeiro quatro-portas de alto desempenho da história, mas é considerado o primeiro automóvel desse tipo concebido nessa configuração, já que seus antecessores eram desenvolvimentos de modelos já existentes (caso do Lagonda Rapide, de 1961, que derivava do Aston DB4). A bela carroceria ficou a cargo de Pietro Frua e as alterações marcantes na carreira do Quattroporte (1963-69) foram a adoção dos faróis duplos em 1966, nos modelos europeus, seguindo especificações anteriormente adotadas para o mercado americano (como no modelo 1967 da foto), e a subida de cilindrada para 4.7 litros e potência para 295 cv em 1968, ano de chegada do Mercedes 300 SEL 6.3 que, com seus 250 cv, foi o primeiro sedã capaz de fazer frente ao executive express italiano, que, portanto, não teve rivais nas estradas durante os primeiros cinco anos de vida! O Quattroporte acabou abrindo caminho para exemplos mais acessíveis como Jaguar XJ e De Tomaso Deauville, mas se mantém como um dos pouquíssimos sedãs realmente dignos de figurar em uma coleção de puro-sangues. Há notícias de pelo menos um Quattroporte no Brasil.

5 comentários:

M disse...

Acho que há um só mesmo !
Quem quiser, que me procure !

Paulo Levi disse...

Esse primeiro Quattroporte tem uma presença fenomenal. Também gosto do Quattroporte atual, apesar do jeitão um pouco "Vegas gangster". O mais sem graça é o Quattroporte da gestão De Tomaso, na prática um Biturbo espichado.

Annonymous disse...

aí luis, se vc tiver lendo isso só peço pa dar uma divulgada do meu blog ok
abraços

Annonymous disse...

http://trickyv8.blogspot.com/

Luís Augusto disse...

Realmente, Paulo, o Quattroporte de segunda geração é uma fraude perto desse aí!
Tricky, vc já divulgou!