quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A POPULARIZAÇÃO DO V8


Os amantes de Darts, Mavericks e pony-cars em geral devem uma reverência permanente aos Fords B do início dos anos 30, como o modelo 1933 acima, fotografado no Brazil Classics 2006. Foi graças a eles que o consumidor de veículos baratos pôde ter acesso à configuração de motor anteriormente restrita a modelos exclusivos e que virou símbolo da cultura automotiva americana. Claro que estamos falando do famoso V8 Flathead, que teve ecos no Brasil até o final dos anos 60, equipando os Simca produzidos por aqui. De construção simples e muito robusta, como todo bom produto de massa, ele foi, de certa forma, um divisor de águas entre os modos americano e europeu de fazer carros, pois, após o seu surgimento, os motores de quatro cilindros foram desaparecendo progressivamente da oferta de produtos ianques (o quatro-em-linha era opcional nos Fords B de 1932-34, mas vendeu pouco), enquanto se consagrava cada vez mais no mercado europeu; por outro lado, motores com mais de 8 cilindros, como os V12 e V16 da Cadillac e o Twin-Six da Packard, também não resistiram por muito tempo após a Ford ter provado a viabilidade de um V8 em larga escala e, até mesmo as marcas mais prestigiosas dos EUA, se renderam à padronização para o V8 em seus modelos do pós-guerra; curiosamente, uma das últimas a resistir à tendência do V8 foi a Lincoln, com seu V12, talvez para manter o status frente à marca-irmã.

4 comentários:

Francisco J.Pellegrino disse...

Este carro é lindo, faria parte da minha coleção...nota 10 para ele...o Zuzu dará 10 litros mas não ligue, mande logo a receita controlada que o remédio dele tá acabando.

roberto zullino disse...

Não vou dar 10 litros porra nenhuma maloqueiro. Adoro essa série de Fords. Andam bem, não enchem o saco e são lindos e pequenos, depois de 38/39 cagaram os carros. Finalmente o dotô colocou alguma coisa que preste.
Essas merdas que eram baratinhas e faziam curva, freiavam bem mesmo usando varão e davam pau na maioria das tranqueiras aqui colocadas, inclusive nas mercedes, cadillacs e buicks da época e dão pau nessas tranqueiras até hoje. O Dillinger só usava esses Fords V8. Esses carros ainda trazem a marca do gênio. Teria um tranquilamente para usar todo dia com uma bomba elétrica de reserva.

Luís Augusto disse...

Não é à toa que deram origem os hots. Devem ser carros bons de envenenar.
Tem também a história famosa da carta do Clyde Barrow elogiando o Fordinho em suas fugas.

Nik disse...

Assisti um filme novo chamado Inimigos Publicos que conta a história do Dillinger, o Lucio Flavio de Chicago. É com o Johnny Deep no papel principal e mais de 1000 carros na produção pelo que contou o produtor. Imagine que outro filme teve tantos carros que, mesmo para um distraído, aparecem com mais destaque que as Tommy Gun. Não conheço filme que retrate esta época e seus automóveis tão bem! Pense em um modelo americando de 1934 e terão dois lá. E os closes de camera lendo vincos e adornos? Muitos planos focam os automóveis a verdadeira obsessão dos bandidos da época. Especial a cena em que fugindo da prisão Dillinger pergunta ao mecanico qual o carro mais rápido? E o assustado e rendido policial diz: leve aquele, ele tem o novo Ford V8. Pode fechara cortina.