Algumas cidades relativamente desconhecidas tiveram papel tão importante na civilização ocidental que deveriam ser tão celebradas pelos amantes das boas coisas da vida como Paris ou NY, por exemplo. Uma delas é Mannheim, situada às margens do Rio Reno, onde floresceu a música sinfônica moderna (Haydn e Mozart foram diretamente influenciados pela Mannheimer Schule) e onde nasceu o automóvel, por obra de Karl Benz, como já descrito aqui. Entretanto, após a fusão com a Mercedes em 1926, a produção de carros de passeio da Mercedes-Benz foi se concentrando na vizinha Stuttgart, ficando a unidade de Mannheim encarregada da produção de ônibus, em uma fábrica que se mantém ativa até hoje. Houve, no entanto uma série de automóveis ainda produzida nas antigas instalações da Benz, as Typ 350 e 370 Mannheim, que duraria de 1929 até 1933, quando foi substituída pelo Typ 290, que durou até 1937, ano de lançamento da série Typ 320, todas elas voltadas para um segmento intermediário do mercado. Apesar de relegada a um segundo plano na produção de automóveis de passeio, Mannheim ainda ficou encarregada da produção de algumas carrocerias especiais e, enquanto saíam das linhas de Stuttgart os estupendos 380, 500 e 540, da cidade vizinha saiu esse delicado e raríssimo roadster baseado nos Typ 320, bem menores. Chamada 320 Roadster Mannheim, ela não tinha o estilo suntuoso nem o desempenho arrasador das irmãs ricas - seu seis-em-linha 3.2 desenvolvia 78 cv -, mas era uma pedra preciosa cujo conceito de esportividade ficava próximo ao do celebrado BMW 328. Eclipsada pelas Mercedes maiores, a 320 Roadster Mannheim teve pequena produção e, segundo consta, a unidade acima é a única restante no mundo (que escapou recentemente da coleção do Veteran de MG para uma coleção paulista), tendo aparecido para ser apreciada ao lado da 540K Spezial no Brazil Classics 2010.
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
6 comentários:
Luís, quando eu for a Araxá você será meu guia, intérprete e batedor. Eu vou perder 99% da beleza e graça dos carros de lá sem você!
Obrigado, Nik, mas quem merece essa deferência é o M. Ele sabe não só a história dos modelos, mas também das unidades das coleções brasileiras. Um dia eu o convenço a voltar a frequentar esses encontros, junto com o Zullino.
Mudou de dono! Que isso, essa Merça é símbolo das coleções de BH! Foi pra qual coleção, sabe?
Te respondo em off.
Luis, carro lindo....é por estas coisas aí que nossa paixão só aumenta...
Apanha do fordinho 34 sem duas velas.
não vou nesses encontros ridículos e coalhados de mentirosos nem amarrado, nem gosto de carro, gosto de carro de corrid na pista que é o lugar deles.
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