domingo, 13 de setembro de 2009

LA ROYALE

De todos os automóveis já produzidos no mundo, provavelmente o único que merece o título de "incomparável" seja a Bugatti Tipo 41 Royale. Superlativa em tudo, a começar pelo motor de oito cilindros em linha e 12.7 litros (!) com 300 hp brutos, passando pelos mais de 6m de comprimento com 2m entre o radiador e o parabrisa (o maior automóvel de passeio já construído, excetuando-se as limousines) e pelas rodas aro 24 pol. com os discos centrais em prata genuína, ela é vista como a expressão máxima da cultura automotiva, uma escultura mecânica com status - e preço - de obra de arte de primeira grandeza. Apenas seis exemplares foram construídos porque Ettore Bugatti calculou mal o gosto dos reis e imperadores da época e vendeu apenas três exemplares, nenhum deles para a alta nobreza. Sempre que uma Royale é posta à venda atualmente, há um verdadeiro alvoroço nas altas rodas que amam o luxo e as belas artes, sendo que a unidade mais valiosa e admirada é o Coupé Napoleon 1929 da foto acima, que se encontra no museu dedicado à marca em Mulhouse e traz características marcantes de todas as Bugatti, como grade em forma de ferradura e eixo dianteiro à frente do radiador. Como absolutamente tudo já foi escrito sobre esses fabulosos veículos, cabe ao Antigomóveis apenas esta pequena homenagem ao passo mais ousado da história da engenharia automotiva.

11 comentários:

Gustavo disse...

Realmente suerlativo, como o Veryon para os tempos atuais.

Luís Augusto disse...

Hehehe, vi uma Veyron ao vivo um única vez. Ela é linda, apesar de não ser muito fotogênica.

Nik disse...

Luís, este asunto merece mais linhas da sua tão hábil pena. Eu desconhecia esse carro e estou fascinado. Adorei o texto e a oportunidade de aprender - tanto - sobre esse Bugatti.
Quando quiser alongar esse tipo de prosa, é um prazer, viu?
Abraço, Nik.

Anônimo disse...

esse carro me lembra o maybach zepellin,um verdadeiro navio de tão grande e luxuoso q é.e eu quero q o zullino venha dizer q é uma porcaria q eu sou capaz de caça-lo até a morte.ele pensa q é um fodão só por quê sabe falar bonito.um conselho pro zullino:ñ fale o q vc ñ sabe!

Tohmé disse...

Algumas vezes, foi considerado o carro mais caro do mundo...

Luís Augusto disse...

Anônimo, sua colocação sobre o Maybach é bem pertinente, mas pra fazer provocações é melhor deixar uma assinatura, não?

Luís Augusto disse...

Nik, muito obrigado pelas palavras! Você me deu uma idéia para o próximo post.

Felipão disse...

Nossa...

Que carrão, Luis...

Eu mesmo não conhecia bem os detalhes...

roberto zullino disse...

Que meda, o anônimo vai me caçar. Nem assinar assina.
As Royales foram feitas pelo Ettore para provar que sabia fazer carros suaves. Em suas relações sociais ele recebia muitas queixas principalemnte sobre a embreagem das Bugattis, eram do tipo tudo ou nada e os carros andavam dando socos. A Royale foi considerada mais suave que os Rolls Royces que eram o paradigma da época. Não se tem muitas provas disso.
Não foi um sucesso, os chassis remanescentes foram usados como componentes de vagões ferroviários de carga, um uso mais adequado para o exagêro.
Em resumo, não valia o que custava e mesmo assim nenhuma deu lucro. Funcionou apenas para fazer o que chamamos propaganda institucional da marca.

Luís Augusto disse...

Só para acrescentar, o Royale custava 30 mil dólares em 1931!

Mauricio Morais disse...

Esse carro representa um tempo, um momento na história.