Guilherme, no post sobre o Delahaye tem um link para o Ford do Og no qual o Zullino explica o funcionamento dessa câmbio. Olha a alavanquinha ao lado do volante!
Tinha um Chrysler com uma caixa pré seletiva, mas não era nem Cotal e nem sua congênere inglesa Wilson. As duas são iguais e funcionam muito bem, a da Chrysler se não me engano era movida à vácuo e vivia enchendo o saco, vinha nos Dodges Taxis e similares compridos que ficavam na Rua Formosa no Anahngabaú fazendo as chamadas Lotações, todos retiram a caixa e as substituiram pelo cambio normal. A caixa da Chrysler era conhecida como Fluid Drive, mas não sei se isso era apenas um apelido dado pelos motoristas.
A transmissão Fluid Drive da Chrysler compõe-se de um acoplamento hidráulico (diferente do conversor de torque), uma embreagem comum e dois conjuntos de engrenagens epicicloidais. Um deles contem a 1ª e 2ª marchas, o outro a 3ª e a 4ª. O acoplamento hidráulico permite arrancar em 3ª e o comando a vácuo muda automàticamente para 4ª , dependendo da velocidade e da abertura do acelerador. Para engatar a 1ª, usa-se a embreagem; a passagem da 2ª é automática. Para selecionar 3ª - 4ª, aplica-se de novo a embreagem. O sistema foi usado pela companhia de 1940 até 1953 nos modelos Chrysler, DeSoto e Dodge, com várias modificações (acoplamento hidráulico substituido por conversor de torque em 52, comando a vácuo por bomba hidráulica etc). A primeira versão chamava-se Vacumatic, depois recebeu outros nomes de fantasia. O arranjo só funcionava porque aqueles motores tinham muito torque em baixa rotação, mesmo assim a aceleração era bastante lenta. portanto, a Fluid Drive não era do tipo pré-seletivo. AGB
Isso mesmo AGB, aqui nunca teve Dodge particular com essa caixa, pelo menos eu nunca vi, só tinha nesses cumpridos que eram as Lotações, mas os motoristas tiravam logo, acho que era complicado para eles e tinham que mexer na alavanca de qualquer maneira, acho que o carro não mudava se não se mexesse na alavanca, ou seja, não tinha muita vantagem aparente, uma hora tinha que se usar a embreagem e em outra não. Eu vi umas duas vezes funcionar, mas era pequeno e nem lembro, só lembro de um motorista conversando com um dos passageiros e explicando, mas no final disse que iria tirar por gastar mais gasolina. Eu destruí uma power glide, meu pai deixou o carro na ladeira em parking, mexemos tanto que conseguimos tirar a a josta do chevrolet começou a andar, enfiei o parking de novo e quebrou tudo. Em outra vez fui passar de Drive para Low e puxei com tanta força que entrou a marcha ré, mas acho que não entrou não, meu pai disse que tinha quebrado a tal da âncora da marcha a ré, ficou por isso mesmo, ele também não sabia nada, apenas estava repetindo como um papagaio o que o mecânico disse. Até hoje tenho um certo medo de dirigir carros automáticos, acho perigosos para gente distraída, em casa sempre tem um e gosto, mas nunca relaxo em automático. Já me peguei fazendo grandes cagadas principalmente em saídas, quase enfiei o carro na parede por achar que tinha engatado a ré. A desvantagem desse cambios todos é que são automáticos, mas o motorista não pode estar no automático.
8 comentários:
Estou vendo, não estou entendendo, mas acho o carro muito atraente!
Guilherme, no post sobre o Delahaye tem um link para o Ford do Og no qual o Zullino explica o funcionamento dessa câmbio. Olha a alavanquinha ao lado do volante!
Esta alavanca aí é um charme e do carro nem preciso comentar...é lindo.
Sempre me interessei por essas caixas pré-seletivas. Não teve um Chrysler ou de alguma marca do grupo com algo similar?
Joel, não me lembro de nenhum Chrysler com caixa pré-seletiva. Os Daimler e Armstrong Siddeley a usaram muito.
Tinha um Chrysler com uma caixa pré seletiva, mas não era nem Cotal e nem sua congênere inglesa Wilson. As duas são iguais e funcionam muito bem, a da Chrysler se não me engano era movida à vácuo e vivia enchendo o saco, vinha nos Dodges Taxis e similares compridos que ficavam na Rua Formosa no Anahngabaú fazendo as chamadas Lotações, todos retiram a caixa e as substituiram pelo cambio normal. A caixa da Chrysler era conhecida como Fluid Drive, mas não sei se isso era apenas um apelido dado pelos motoristas.
A transmissão Fluid Drive da Chrysler compõe-se de um acoplamento hidráulico (diferente do conversor de torque), uma embreagem comum e dois conjuntos de engrenagens epicicloidais. Um deles contem a 1ª e 2ª marchas, o outro a 3ª e a 4ª. O acoplamento hidráulico permite arrancar em 3ª e o comando a vácuo muda automàticamente para 4ª , dependendo da velocidade e da abertura do acelerador. Para engatar a 1ª, usa-se a embreagem; a passagem da 2ª é automática. Para selecionar 3ª - 4ª, aplica-se de novo a embreagem. O sistema foi usado pela companhia de 1940 até 1953 nos modelos Chrysler, DeSoto e Dodge, com várias modificações (acoplamento hidráulico substituido por conversor de torque em 52, comando a vácuo por bomba hidráulica etc). A primeira versão chamava-se Vacumatic, depois recebeu outros nomes de fantasia. O arranjo só funcionava porque aqueles motores tinham muito torque em baixa rotação, mesmo assim a aceleração era bastante lenta. portanto, a Fluid Drive não era do tipo pré-seletivo. AGB
Isso mesmo AGB, aqui nunca teve Dodge particular com essa caixa, pelo menos eu nunca vi, só tinha nesses cumpridos que eram as Lotações, mas os motoristas tiravam logo, acho que era complicado para eles e tinham que mexer na alavanca de qualquer maneira, acho que o carro não mudava se não se mexesse na alavanca, ou seja, não tinha muita vantagem aparente, uma hora tinha que se usar a embreagem e em outra não. Eu vi umas duas vezes funcionar, mas era pequeno e nem lembro, só lembro de um motorista conversando com um dos passageiros e explicando, mas no final disse que iria tirar por gastar mais gasolina. Eu destruí uma power glide, meu pai deixou o carro na ladeira em parking, mexemos tanto que conseguimos tirar a a josta do chevrolet começou a andar, enfiei o parking de novo e quebrou tudo. Em outra vez fui passar de Drive para Low e puxei com tanta força que entrou a marcha ré, mas acho que não entrou não, meu pai disse que tinha quebrado a tal da âncora da marcha a ré, ficou por isso mesmo, ele também não sabia nada, apenas estava repetindo como um papagaio o que o mecânico disse. Até hoje tenho um certo medo de dirigir carros automáticos, acho perigosos para gente distraída, em casa sempre tem um e gosto, mas nunca relaxo em automático. Já me peguei fazendo grandes cagadas principalmente em saídas, quase enfiei o carro na parede por achar que tinha engatado a ré. A desvantagem desse cambios todos é que são automáticos, mas o motorista não pode estar no automático.
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