Como se sabe, os carros fabricados na antiga Alemanha Oriental até 1990 eram provenientes de projetos DKW dos anos 30, já que as indústrias da marca ficavam em cidades ao leste do país e acabaram estatizadas após a ocupação pelo Exército Vermelho no final da II Guerra, tendo sido o complexo produtor da Auto Union renomeado IFA. Portanto, um Blue Cloud não seria completo sem a presença de representantes da DDR. Houve dois: o Trabant do Flávio Gomes, do qual falo em um próximo post, e essa perua Wartburg Camping 311 1964, já velha conhecida da turma do dois-tempos. A Wartburg não fazia parte da IFA, mas de outro complexo, denominado VEB, que aproveitou uma fábrica da BMW que ficou nas mãos dos soviéticos, mas preferiu produzir veículos de menor custo, mais condizentes com o modelo sócio-econômico apregoado pelo socialismo. Carro interessantíssimo que, ao que parece, foi trazido para o Brasil em conta-gotas por um importador independente cujos folhetos de propaganda exaltavam a tecnologia da RDA!
Dodge Dart 1970 ...
Há 3 meses
4 comentários:
Os países do bloco comunista sofriam uma carência crônica de divisas fortes (dólar, libra, marco alemão etc) e porisso utilizavam frequentemente o sistema de escambo, isto é, troca de mercadorias em vez de pagamento por moeda. Assim a Polônia nos enviou os Warzawa (aliás Pobieda russo, aliás Opel Kapitän 42 "adquirido" como reparação de guerra) em troca de café nos anos 50. A RDA repetiu a receita nos anos 60, inclusive ao tempo do regime militar. Eu trabalhei com material ótico oriental naquela época. Creio que esses Wartburg vieram da mesma maneira; havia alguns aqui em POA. AGB
Nunca vi um Wartburg circulando pelas ruas de São Paulo, mas me lembro que em 64, 65 houve uma exposição da indústria da antiga Alemanha oriental no Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera. Alguns automóveis faziam parte da mostra, mas eu não saberia dizer quais eram.
Em compensação, naquela época não era difícil encontrar Warzsawas circulando em SP. Mas de todos os carros do leste europeu, o que mais se via por aqui eram os Skoda.
AGB e Paulo, bem lembrado! Será que sobrou algum Warzsawa por aí?
Meu pai teve um Skoda, por influência do vizinho que também tinha um. Se o do vizinho não dava quase manutenção e era usado pelo casal, indistintamente, o do meu Pai... PQP... nunca vi uma tranqueira dar tanto trabalho pro meca. E o velho não era braço duro não... ;)
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