
O conversível acima, relativamente raro no Brasil, é o Cadillac Allanté, produzido entre 1987 e 1993 e cuja proposta, dentro de um esforço hercúleo da GM para revitalizar a sua marca premium nos EUA, era concorrer com a nova safra de puro-sangues europeus, que pareciam valorizar cada vez mais o luxo ostensivo em prejuízo da esportividade, como a quarta geração do Mercedes SL. Mas, apesar do ótimo acabamento e da indelével associação ao V8, a Cadillac optou pela tração dianteira, segundo a escola iniciada na marca pelos Eldorado 1967, tendo experimentado novo fracasso de vendas. Não é para menos: alguém teria algum arroubo de esportividade em um carro com esse enorme balanço dianteiro e com paralamas tão altos? Não é à toa que até o Opel Omega serviu de base para alguns modelos da Cadillac nos anos 90, para desespero dos puristas da marca.