Quem tem carro antigo sabe o quanto é difícil usá-lo no cotidiano. Trânsito pesado demais, vagas apertadas e sujeitas a intempéries e pequenos esbarrões, falta de ítens de conforto para o tempo que se gasta dentro do carro e, mais recentemente, o risco enorme de furto, têm desencorajado mesmo os mais animados. O jeito é se conformar em ter um carro qualquer para o dia-a-dia, certo? Nem sempre. Tenho notado que alguns leitores deram um jeito de encontrar um carro com
pedigree para a labuta diária sem ter que se sujeitar tanto aos problemas descritos acima e é a esses "novos clássicos" que dedico a nova seção do blog, começando em grande estilo pelo Chrysler 300M, o carro de uso do Alexandre Badolato. De estilo inconfundível - belíssimo, na minha opinião - ele deu seqüência às letras da série 300, interrompida no 300L de 1965 (houve um
300 isolado, sem letra, em 1970) e sua dianteira tem alguma identificação com o clássico
300G, embora as quatro portas e o V6 3.5 com tração dianteira lembrem ao motorista o quão distantes estão anos de ouro da linha 300. De qualquer forma, o 300M, feito de 1999 a 2004, será lembrado como o último grande produto inteiramente desenvolvido pela Chrysler (antes da fusão com a Mercedes) e seus 253 cv são mais do que suficientes para lhe dar um desempenho diferenciado; de quebra, ele abriu caminho para a ressurreição da série, fazendo com que sua vaga no
Museu do Dodge esteja garantida em um futuro próximo.