quarta-feira, 18 de novembro de 2009

HÁ VAGAS # 9 - LA DOLCE VITA


Como alguns leitores mais atentos já devem ter notado, ando flertando com a possibilidade de importar um antigo no ano que vem e trazer para o mundo real uma das peças da coleção virtual. Como o capital é escasso, ainda não dá para fazer a gracinha de trazer um 911, mas, que tal aliar o prazer em dirigir um autêntico esportivo - um dos conversíveis mais bonitos da virada dos anos 70, que conta com um painel maravilhoso e pedigree inquestionável, com direito à assinatura de Pininfarina - a um preço arrasador, muito próximo ao que andam cobrando por Opala seis cilindros por aí? A solução da equação está na Alfa Romeo Spider, que ganhou fama logo no lançamento, em 1966, por ter estrelado The Graduate, ainda com o motor da sua antecessora Giulia 1600 Spider. Derivada da Duetto, ela teve a traseira redesenhada em 1971 e ganhou o motor 2.0 de 135 cv líquidos no ano seguinte, mas passou a adotar parachoques mais grosseiros a partir de 1975 para se adequar à legislação americana, de modo que os modelos mais desejáveis ficam na estreita faixa de 1972-74, encontradiços na faixa dos US$ 9,000 na terra do Tio Sam e idênticos ao da foto acima, exposto em Lindóia/2007. US$ 9K por uma Alfa Spider... às vezes não dá a sensação de ter nascido no país errado?

26 comentários:

Francisco J.Pellegrino disse...

Luis, o sonho continua.

Arthur Jacon disse...

Dá vontade de chorar.

M disse...

Hehehehhh...
Acho que a semente germinou !

Dotô,
O maior charme são as Duetto, mais raras e infelizmente mais caras.
Mas encontra-se carros 70 / 73, bem decentes, na faixa dos $6 / $7 K.

E tem gente que ainda compra Opala ! Vai entender, né ?

Germano disse...

Alfa é Alfa né...e eu ainda vou ter uma...hehehehe

Arthur Jacon disse...

Não precisa tripudiar o Opala. É um bom carro e bastante carismático.

Luís Augusto disse...

Arthur, talvez parâmetro mais confiável do valor de um antigo ainda seja o seu preço de mercado. Se foram produzidos 1 milhão de Opalas e ele alcança as cotações que alcança, não pode ser um carro ruim, principalmente se levarmos em conta alguns critérios subjetivos inerentes a qualquer escolha.
A comparação com a Alfa é só para balizamento de certos exageros.

Luís Augusto disse...

Hehehe, curiosamente, se o leitor ampliar a foto, verá um monte de Opalões ofendidíssimos dando as costas para a Alfinha....

Arthur Jacon disse...

Luís, Não foi você que tripudiou o Opala, foi o M. E você tem razão, os preços que as pessoas pedem (eu, inclusive) pelos nacionais estão fora de propósito. Tá compensando importar...

roberto zullino disse...

Me custa muito, mas tenho que reconhecer que o M está coberto de razão, o Opala é um lixo de carro. Não seria fabricado na Europa na época nem por decreto.
A carroça nasceu com um defeito de projeto, melhor dizendo, uma acochambração. Pegaram a carroceria do Opel Record alemão e a parte de baixo do Chevy Nova americano, pois a suspensão dos Records não resistiria às nossas ruas. Resultado, havia um desequilíbrio entre massas suspensas e não suspensas, notadamente no eixo traseiro que faziam as primeiras carroças rabearem perigosamente. Além disso, essa modificação genial aumentou a altura do carro piorando o problema.
Nos Opala de corrida a suspensão dos que ganhavam era toda Opel, muito tempo depois se conseguiu acertar as suspensões sem precisar de usar as peças da Opel.
Coisa parecida fizeram com o Dart. O Dart tem uma suspensão dianteira maravilhosa por barras de torção longitudinais, à la 911. No entanto, puseram o diferencial da pick-up C1416 da Chevrolet para não ter que fabricar o original dos Darts americanos muito mais leve. O resultado é um carro que matou muita gente, pois a dianteira agarrava e a traseira saia aos pulinhos como Kombi. Outra porcaria.
Isso não é tripudiar, é contar a verdade, esses carros nunca passaram de carroças perigosas e só eram fabricados aqui pela omissão de quem deveria fiscalizar.

Essa Alfa Spyder é outra porcaria, bonita, mas ruim de dirigir. A posição de dirigir é ginecológica e a carroceria torce, vale pela beleza, mas é carro de boulevard.

Luís Augusto disse...

Zullino, fico feliz em vê-lo de volta!
Acho que uma discussão interessante é o contraponto entre o que os carros nacionais oferecem de objetivo (muito pouco, como já demonstrado aqui váiras vezes) e o seu carisma junto ao grande público, que idolatra Dodges, Opalas e Mavericks, mas não consegue se comover diante de uma Lotus ou um Austin Healey, por exemplo. Como o que sustenta um hobby é, essencialmente, apsixão, a discussão vai longe...
Da minha parte, estou em cima do muro!

roberto zullino disse...

Eu trabalho de vez em quando sabia? A idolatria por dodges, mavericks e opalas certamente tem seus motivos, eram carros com alguma resistência para as condiçoões de nossas vias, uma Lotus ou um AH não aguentariam jamais. Tenho um conhecido que foi dar uma arrancada com uma Lotus e o assoalho quebrou com banco e tudo, ficou arrastando a bunda até parar.
Uma mosca criada em vinagre acha o vinagre a coisa mais doce do mundo, portanto, a idolatria dessas porcarias é fruto do desconhecimento, coisa fácil de se resolver e o teu blog ajuda. Ou seríamos nós mais inteligentes que o resto do mundo que joga pedra nessas 3 merdas?
A idolatria também é devida a uma idealização do passado que era ruim e não lembramos e que não volta mais, mas isso deixo para o doTô analisar.
Os 3 citados, apesar de resistentes, nunca passaram de porcarias de origem.
O Maverick parece um frango assado e nunca fez sucesso nos EUA, a mesma coisa o Dart que sempre foi um fake, o bom era o Challenger americano e não aquela coisa horrorosa e de mau gosto que fizeram aqui com o nome de Charger.
Até que o Opala era o melhorzinho, mas o próprio nome já indica a acochambração, é uma mistura de Impala com Opel e não é uma coisa e nem outra. Mesmo o Record não foi nenhum sucesso como o Opala que era a carroça de rigueur aqui.
Se há um carro grande digno de idolatria é o Omega 3 litros, o primeiro, com motor Opel, os que vieram depois já tinham aquela bigorna do motor de Opala na frente e são ruins.

Luís Augusto disse...

Acho que os Galaxies também estão em um patamar superior, apesar do motor de F-100 dos primeiros modelos. Pena que a proposta deles esteja muito longe de qualquer pretensão esportiva.

Arthur Jacon disse...

Conheço bastante de automóveis. E gosto de Opala, e de Fusca,e de Corcel, e de Passat. E também de Porsche, Alfa e BMW. No momento, só da para ter os nacionais, de que gosto. É preciso respeitar a preferência alheia, e não tratá-la, de forma simplista e impregnada de empáfia, como ignorância.

roberto zullino disse...

ora ora, ficou ofendido? minha opinião é cheia de empáfia? também não estou interessado se você entende ou não de carros ou mesmo se tem dinheiro, nem te conheço e você não me conhece.

seria empáfia se não estivesse falando a verdade. falei que esses 3 carros eram uma merda já na origem. vieram ser fabricados aqui na colônia com mais defeitos que tinham.

fora isso, as minha atitudes, posturas e outras coisas em nada mudam as condições desses 3 carros, sempre foram carros de colonizados e a coisa mais fácil é provar isso. não seriam fabricados na europa na época nem por decreto. em suma eram uma merda na origem, eram uma merda quando foram fabricados aqui e continuam uma merda, já que não temos ainda o poder da transmutação como o rei Midas que transformava merda em ouro.

o que nos dá a oportunidade de discutir outro carro, desta vez moderno, o famigerado Fox da VW. O Fox brasileiro exportado para a Europa foi escolhido como um dos melhores se não o melhor carro de sua categoria. A Proteste pegou um dos carros Fox vendidos aqui e o sbmeteu primeiro a uma avaliação dentro dos critérios dos testes europeus. O Fox vendido aqui nem poderia ser sequer submetido aos testes europeus, não passaria no exame escrito quanto mais o prático. Se uma fábrica faz isso hoje em dia na colônia hoje em dia imagine-se o que não faziam nos anos 60 e 70. Essa é a razão de virem fabricar lixos como Opala, Mavericks, Darts e mais outras bombas como o Aero Ace, aqui Aero Wyllis, Chambord, JK, a maioria não deu certo nas matrizes.

se não gostam não leiam, mas não queiram negar a realidade.

Arthur Jacon disse...

Roberto, respeito sua opinião de considerar o Opala um lixo e esses outros adjetivos que você costuma usar. Também não me senti ofendido. Sou velho demais para me ofender por por tão pouco. Só não concordo quando você diz que as pessoas que apreciam o Opala e Maverick e Dart o fazem por ignorância. Essa é uma visão preconceituosa e, me perdoe a franqueza, arrogante.

roberto zullino disse...

Então tá, a visão não é preconceituosa porque preconceito se baseia em mentiras, o que neste caso não se aplica, pois tudo que falei é a pura verdade. Falei e provei.
Quanto à arrogância essa deve ser mais uma de minhas inúmeras virtudes, a modéstia talvez a mais notória.
Evidentemente, as pessoas que apreciam essas 3 porcarias o fazem por vários motivos, um deles é digamos o desconhecimento de fatos, ignorância embora um termo verdadeiro não é elegante.
Outros motivos podem ser o desconhecimento de como um automóvel deve desempenhar ou mesmo lembranças infantis de um tempo feliz que não volta mais, mas aí é emoção e deixo para o dotô analisar e dar os remedinhos de praxe.
Acredito que a maioria dos que idolatram as 3 porcarias o fazem pela última razão, emoção ligada a alguma lembrança ou desejo longíquo. Talvez seja esse o motivo da indignação de muitos com quem critica as 3 merdas de maneira justa e objetiva. Tratavam-se de objetos para colônias, simples assim.

Arthur Jacon disse...

Roberto, não disse que você é arrogante. Jamais cometeria tal leviandade sem conhecê-lo. Apenas acho que o seu entendimento acerca das pessoas que gostam de tais carros é arrogante e preconceituoso. Mas respeito sua opinião a respeito desses carros, que, reconheço, não é equivocada. São realmente veículos ultrapassados, se comparados aos seus contemporâneos feitos no velho mundo e EU. Sem ressentimentos, Ok?

pedro disse...

Roberto,

Compre um Palio zero km e seja feliz. Carro antigo não é pra pessoas que pensam como você.

pedro disse...

E preconceito nada tem a ver com mentiras e sim com falta de conhecimento. Esqueci de dizer.

M disse...

Dotô,
Não condene o Galaxie pelo motor de F-100. Os 272 / 292 c.i. são excelentes e mais duráveis do que os SBF 289 /302 c.i. Windsor.

Artur,
O Zullino é arrogante mesmo, MAS se você possuisse 10% dos seus alegados conhecimentos sobre automóveis, teria que concordar com o que o Zullino falou !

Zullino,
Siga o conselho do Pedro (um expert !), e compre um Palio, verdinho, de preferência !
E prá ficar completamente feliz venda a Alfa prá mim e doe o Porsche pro Maloqueiro, porque o coitado não consegue terminar o dele...

Luís Augusto disse...

Hehehe, M, vc foi o que percebeu a provocação.
Comentei sobre os Y-Block em priscas eras aqui:

http://antigomoveis.blogspot.com/2008/07/y-block.html

Tb acho que o Porsche do Zullino deveria ir pra garagem do Chico.
A 145 é Quadrifoglio?

roberto zullino disse...

Não entendi direito o que o Pedro esqueceu de dizer antes, mas como ele deve ser um expert em automóveis vou fazer o que ele quer e comprar um Palio verdinho e mandar pintar uma faixa amarela no meio. Gosto de Palios Milho, gosto mais de Unos Milho, ambos dão um belo couro nessas carroças velhas.

Eu até que gosto de alguns carros antigos, prefiro os zero km, mas Opala, Maverick, Darts não são carros antigos, são lixo antigo, nunca chegaram a poder ser chamados de carros.

A Alfa 145 não é Quadrifoglio, apenas uma modesta Elegance vermelha e vai dar um bom carro antigo daqui alguns anos.

O maloqueiro não termina o porschinho dele porque é preguiçoso e fica querendo fazer tuning no coitado do carro.

Luís Augusto disse...

Ele deve estar lixando a carroceria até agora, porque ainda não apareceu por aqui...

Jão Sem Braço disse...

o tal do roberto zullino liga o foda-se para a história do brasil e inferioriza o que os engenheiros do passado fizeram pela indústria automobilística

trata como total desrespeito o nosso pais, os nossos carros, as pessoas que os usam/usaram

se eu pudesse adivinhar o que ele é diria que é um tipico senhor com mentalidade americana que acha que só o que a america fez é que foi importante, e deve ser o tipo do cara que nao abre o capô do carro nem pra ver agua do radiador e manda carro pra concessionaria especializada, oficial e bla bla bla...trata mecanicos, porteiros, empregados e etc como escoria

fico triste em saber que frequento o mesmo espaço que umn nazista declarado como esse Zullino

roberto zullino disse...

Ui!!!!!,
Não sei onde o João sem Braço viu algum nazismo ao se colocar as coisas no lugar certo.
A primeira reação dos que não tem argumento é adjetivar alguém de alguma coisa, isso sim é nazismo, ou melhor, totalitarismo.
A história do Brasil e uma vergonha desde o império, perdemos o bonde no século 19 quando ficamos enrolando para acabar a escravatura, coisa que deveria ter sido feita já em 1850. No final, a solução foi a mesma, a imigração de trabalhadores, mas com 40 anos de atraso, o que comeu nossa posibilidade de melhoria agrícola e consequente reciclagem de capitais da agricultura para a industrialização.
Não é à tôa que Rui Barbosa mandou queimar todos os registros históricos para as vergonhas não aparecerem.
Não há o que se orgulhar de nossa história, fomos colônia e continuamos sendo. Basta ver a situação do povo, 95% é criado como lixo desde Mem de Sá ou Tomé de Souza e continua sendo.
Os países soberanos jamais abrem a conta "capital", trabalham na conta "exportações". Isso pode ser entendido ao se verificar o pequeno número de multinacionais nos países soberanos que foram destruídos pela guerra como Alemanha e Japão. Não ficaram esperando investimentos de risco, pegaram a grana dos Planos Marshall e reconstruíram sua capacidade produtiva e enviaram para o mundo. Sempre mantiveram cambio baixo, o contrário do que colônias fazem. Modernamente temos o exemplo da Coréia que há 30 anos era uma merda.
Aqui basta uma multinacional abrir uma fabriqueta de 50 empregos que vão na inauguração desde o presidente até o prefeito, fora os bispos.
Acho que os engenheiros brasileiros foram todos uns paus mandados e continuam sendo. Afinal, qualquer pessoa que conheça a administração de multinacionais sabe que é assim que funciona. Nem poderia ser diferente, as matrizes não vão melhorar as coisas se não forem pressionadas. Nunca são pressionadas e fazem o que querem.
Os veículos fabricados aqui até hoje são uma vergonha, basta viajar um pouco e verificar que mesmo os feitos aqui são diferentes na europa, caso do Fox.
Além disso, erra na sua análise sobre meus procedimentos com a chamada escória, não me conhece e já acusa. Muito ao contrário do que acha, tenho uma oficina em minha casa e eu mesmo faço a manutenção de meus carros e motocicleta, adoro me sujar de graxa.
Erra também nas minhas preferências, sou formado engenheiro aqui e com mestrado nos USA e detesto carros americanos sem exceção, são todos uma merda, coisa facilmente entendida e provada pela própria situação das fábricas americanas de automóveis, falidas.
Se não gosta não leia, se te incomoda vaza.
E da próxima vez assine e não dê uma de Goebels.

M disse...

Ôôô, Jão-braço !
Acho que deveria existir uma lei que proibisse alguém de escrever tanta besteira...