terça-feira, 20 de outubro de 2009

EXECUTIVE EXPRESS - VERSÃO BRASILEIRA


Depois dos recentes tópicos sobre o De Tomaso Deauville e Tatra T-613, deu vontade de postar aqui algo sobre o nacional que esteve mais próximo daquela proposta, o Dodge Gran Sedan, representado aqui pelo pioneiro 1973 em belíssima foto garimpada no Museu do Dodge. Concebido para se contrapor ao Chevrolet Gran Luxo - reparem que não havia as denominações "Dart" ou "Opala" nos modelos mais nobres das respectivas linhas - ele pretendia atrair quem queria um veículo de representação que pudesse oferecer o prazer próximo ao de um esportivo ao ser dirigido pelo proprietário e se diferenciava dos Dart comuns pelo acabamento mais nobre, inclusive com a opção de forração em tons claros, frisos e calotas diferenciados e um teto de vinil que deixava uma fenda de lataria entre as portas e ele próprio, de visual um tanto estranho nos dias atuais, além de uma maleta com o logo Pentastar que continha ferramentas e algumas peças de reposição; como toque de classe, havia o brasão da linha Imperial americana nas colunas "C", na fechadura do porta-malas e nos forros de porta. No mais, era o Dojão de sempre, com suas virtudes e defeitos já apresentados por aqui anteriormente. Sua única grande evolução foi a mudança da grade dianteira em 1975, semelhante à do Charger, para tentar enfatizar a esportividade do sedã e dar algum ânimo às vendas que, apesar dos esforços da Chrysler, foram minguando até o fim de 1978. No ano seguinte, o Gran Sedan saiu de cena para dar lugar ao Le Baron que, embora derivado do mesmo projeto, abriu mão da imagem esportiva em favor de um visual mais aristocrático, como seu nome sugeria.

21 comentários:

M disse...

Luxo só no preço e nos frizinhos. Sem vidros ray-ban, sem vidros elétricos, sem A/C. Com som medíocre, espelhos e bancos movidos-a-feijão.
Quem será que os "altos-e-competentes-executivos" queriam enganar ?
Até que demorou para ir pro saco...

Agora a grande piada:
Compra-se hoje um MB 280S ou 450SE 1973/1976, completamente equipada, por R$12.000/15.000,00.
E por um Dodge pé-de-boi-de-luxe, os infelizes porpetários tem a pretensão de pedir R$50.000,00 !!!

Minha modesta sugestão: Compre um Mercedes !!!!

Dotô, desculpe o mau jeito...

Luís Augusto disse...

M, estou vivendo um drama pessoal: decidir entre uma 500 SEC 82, um Opala SS 73 ou um Dart 70, todos na faixa dos 35-40K. Claro que, do ponto de vista objetivo, não há termo de comparação entre a SEC e os outros dois, mas creio que o mercado é sábio o suficiente para regulamentar preços e os argumentos subjetivos do Opala e do Dart são bem superiores aos da Mercedes. Isso mostra como o antigomobilismo enquanto negócio é cheio de facetas - veja o seu exemplo pessoal, pagou 800 paus num carro muito superior aos nossos Darts e Opalas, 20 vezes menos do que o preço de tabela deles.
Confesso que não tenho uma resposta para essas questões - inclusive, não consigo me decidir pelo próximo modelo da celeção...

M disse...

Dotô,
Sai dessa vida ! É SEC na cabeça !
Não vou nem perder tempo listando os defeitos dos outros dois.
A verdade é que os brasileirinhos da época são carros mediocres.
Só agradam os saudosistas que dizem "papai tinha um" mas não entendem patavina de carros.
E nem bonitos são...

Luís Augusto disse...

Não acho que a questão seja tão simples; se for pra listar apenas as qualidades objetivas dos carros, todos os antigos iriam para o ferro-velho em favor de qualquer popular que custe o mesmo preço.
Talvez o que defina o preço dos carros seja a capacidade de despertar paixão x custo da manutenção.
E talvez (muito provavelmente) eu esteja aqui discutindo o sexo dos anjos....

M disse...

Eu NUNCA compraria um Gol. Também não andaria numa josta destas nem se ganhasse "di grátis". E isto vale para os similares.
Estamos falando dos antigos, então
vamos começar comparando carros do mesmo ano.
O "nosso" Dart 1970/71 (e dos completinhos)só encara uma MB 1970/1971. Daí prá frente, toma de lavada.
Não freia, não faz curvas, o acabamento é uma merda, conforto idem.

Gustavo disse...

Luis, acho que o dodge era bonito até esta época o Le Baron e o Magnum já acho uma aberração. Porém acho que estão valorizados demais em relação a oferta nacional. Ficaria com um importado.

Luís Augusto disse...

Welcome back, Gustavo! Acho que a decisão vai ficar para 2010!

Nik disse...

É pra dar palpite, é? Não resisto, apesar de não servirem pra nada, no seu caso, que já deve estar de causo pensado com algum pára-lamas mais atrevido que te encheu a vista.
De qualquer forma, entre os dois nacionais eu ficaria com o Dart 70. Sem dúvida. Bom, basicamente por que têm um motor muito divertido ali na frente, em que pese a opinião do M, claro.
Agora, entrando mais no assutno ainda, nessa faixa de 40K eu não compraria nenhum dos 2. É muito dinheiro para, na minha humilde opinião, pouca, digamos, personalidade.
É que eu entendo que a partir de determinado valor a gente sempre pode barganhar algo mais, esperar aquela oportunidade e fazer um negócio dois degraus acima no que diz respeito à história, exclusividade e valorização dos carros - eu sempre penso nisso. Como se diz, se olhar pro lado têm muito carro bacana nessa faixa de 40 mangos e mais uns trocados, inclusive muitos daqueles do ibêi que o M tanto gosta. É um mundo de opções em torno desse valor.
De qualquer forma, Luís, pegue um V8! É infalível e divertidíssimo. De preferência um cabeça chata, 8BA pra cima! ;)
Abraço e boa sorte, Nik.

Francisco J.Pellegrino disse...

Ótimas opiniões...as alegações do M são válidas, carro nacional "CRÁSSICO" está hiper valorizado, eu investiria em esportivos ingleses, Mercedes, enfim carros importados. Quem viveu nos 60/70 e teve estes carros nacionais não quer mais saber....é puro saudosismo. Vou aos encontros estáticos, acho muito legal a história dos nacionais mas não mexe com meu coração...talvez uma Jangada, um FNM 2150 até arranquem suspiros.

Luís Augusto disse...

Engraçado, sempre achei os clássicos importados tão distantes que não consigo me acostumar com a possibilidade de ter um! Realmente os nacionais (Charger e Maverick GT, principalmente) estão em um patamar irreal de preços.

Luís Augusto disse...

Ah, sim: Nik, sua indicação do Flathead é muito tendenciosa! (rsrsrsrs)

De Gennaro Motors disse...

ola amigo

tudo bem ? como anda ?

abraços

Gennaro

Luís Augusto disse...

Olá.
Tudo bem.

M disse...

Hehehehhh...
Rendeu o assunto, né ?

Luís Augusto disse...

Uai, falar o quê?

Arthur Jacon disse...

Esse é um dilema que eu enfrento também. Às vezes me dá vontade de vender meus bagulinhos nacionais (Opala, Belina e XR3), para pegar um Mercedes, BMW ou Alfa. Mas simplesmente não consigo fazer isso... Tem cura Luís?

Luís Augusto disse...

Hehehe, se tiver, me fala!

Celso Lamas disse...

Adorei o blog Luís, apesar da grande demanda de "Europófilos" presentes...

Cada macaco no seu galho. EUA e Europa possuem escolas bem diferentes e por isto, de conceitos idem.

A dupla sertaneja "M & Zullino" pleiteia o título do par de jarro mais bizarro dos blogs antigomobilísticos... "É o amooooooorr!!!"

Um abraço a todos,

Luís Augusto disse...

Olá, amigo, obrigado pelos elogios. Mas te convidaria a usar outra assinatura para não te confundirem com o grande designer da Chrysler do Brasil.

Chrysler Building disse...

Perfeito. ID trocado. Quem me confundir com o Celso estacionou no tempo em matéria de automóveis, pois os menos desinformados também devem saber que ele faleceu há 4 anos. Espero que meu novo ID não desperte em alguns a evolução oral do concreto. Reitero meus elogios sobre o blog...

Luís Augusto disse...

Obrigado! Bem vindo mais uma vez.